Alemanha vence Costa Rica, mas volta a cair na fase de grupos da Copa

  • 1 de dezembro de 2022

Fazer a sua parte, a Alemanha fez. Ganhou da Costa Rica por 4 a 2. Mas no outro jogo do Grupo E, o Japão também fez a sua. E justamente com o triunfo asiático sobre a Espanha, os germânicos deram adeus pela segunda vez seguida na fase de grupos da Copa do Mundo. É a primeira vez na história que isso acontece.

Parecia que o dia ia ser alemão no Qatar. Logo aos dez minutos a equipe encontrou o seu gol. Mas a velha mania de cadenciar o jogo, ainda mais com o gol espanhol marcado, esfriou o ímpeto e o que prometia ser uma efusão de tentos, tornou-se uma irritável avalanche de chances desperdiçadas.

Isso até o intervalo, é claro. Tão logo o segundo tempo começou, a notícia chegou: o Japão virou o jogo ante os ibéricos. E aí o emocional pesou. Duas bolas alçadas na áreas, dois gols da Costa Rica, que com a virada no placar ia conseguindo o feito de eliminar os dois gigantes da chave de uma só vez.

Era preciso calma. E a Alemanha a teve. Colocou a bola ao chão, encheu o campo com opções ofensivas e até marcou mais dois gols. Inúteis. Com a classificação de momento (Japão líder com seis pontos, alemães e Espanha empatados com quatro), era preciso tirar o imenso saldo de gols dos outros europeus do grupo. Não deu tempo. No outro jogo, nada de mais aconteceu. E só restou o adeus. Mais uma vez

A Alemanha fez a sua parte? Ao que consta, sim hoje. Mas não no Mundial inteiro. Depois do histórico 7 a 1, persiste uma maldição que parece, de fato, existir.

O JOGO

Dez minutos. Esse foi o tempo que a Alemanha precisou para alcançar o gol redentor para lhe aliviar as coisas. Após rápido contra-ataque, Musiala encontrou Raum pela esquerda. O lateral cruzou na medida para Gnabry pular e desviar sem chances para Navas.

Era a coroação de um jogo que até então seguia perfeito para os germânicos. Até aquele momento, já haviam sido duas chances claras de gol, sempre capitaneadas por Musiala. Em uma delas, a joia achou Kimmich pela direita, que cruzou na medida para Müller desvair fora.

Com o gol do alívio encontrado, diante de um adversário que sequer passava do meio-campo, a Alemanha impôs ainda mais seu ritmo, cadenciado e sempre produtivo.

Aos 13′, foi a vez de Goretzka aparecer. Ele desviou cruzamento de Müller, mas Navas conseguiu fazer boa defesa. Seis minutos depois, Gnabry mostrou de novo a força germânica. De novo em jogada de velocidade, o meia ficou livre após troca de passes e finalizou com perigo, para mais uma boa defesa do goleiro de Costa Rica.

A Espanha abria o placar no jogo de fundo do Grupo E. E a frieza alemã imperou de vez. Correria, abafa, tudo ou nada? Nada disso. Privilegiar a posse de bola, o toque curto, encontrar caminhos…

Com isso as chances rarearam. Susto, mesmo, só aos 34′. Kimmich arriscou o chute de fora da área, Navas fez a defesa, mas espalmou para o meio da área e obrigou o goleiro a se desdobrar para impedir o rebote. No lance seguinte, Musiala, sempre ele, fez jogada individual, enfileirou adversários, mas finalizou para fora.

Aos 39′, mais uma chance perdida. Gnabry recebeu na entrada da área, girou em cima da marcação e chutou com força, para fora.

A única jogada de perigo dos centro-americanos aconteceu aos 42′, Fuller chegou no contra-ataque após falha da marcação alemã, limpou a marcação e finalizou de cobertura, exigindo boa aparição de Neuer, que salvou com a ponta dos dedos.

GOLS SAEM, INCLUSIVE DO JAPÃO. E ALEMANHA SE DESPEDE…

O segundo tempo começou com notícias pouco inspiradoras vindos do outro jogo da chave. O Japão virara o duelo contra a Espanha. E aí o componente emocional decidiu.

Aos 12′, o que parecia impossível, aconteceu. Em contra-ataque, a Costa Rica arriscou um cruzamento fechado, Neuer espalmou e Tejeda aproveitou o rebote ara completar às redes.

O empate ligou o alerta alemão, qwue mandou às favas a calmaria do primeiro tempo e se lançou ao ataque. Musiala, sempre ele, riscava na área costa-riquenha. Aos 15′, em uma das chances, carimbou a trave de Navas. O bombardeio germânico seguiu com chances claras de Müller e Rüdiger.

Aos 21′, Musiala arriscou mais um chute de fora da área e mais uma vez acertou a trave de Navas. Mas aí o ditado ‘quem não faz toma’. Três minutos depois, cruzamento na área alemã e Vargas apareceu entre a zaga para desviar e anotar a virada costa-riquenha.

O prenúncio da tragédia completa para a Alemanha foi evitado aos 27′, quando Havertz desviou cruzamento para marcar. Mas o 2 a 2 pouco adiantava às duas equipes.

As coisas pouco mudavam com a vitória japonesa no outro jogo. Mas a Alemanha seguiu tentando. Aos 30′, Sané encontrou Füllkrug livre, mas Navas defendeu o chute. Aos 39′, contudo, veio a virada. Gnabry cruzou na medida para Havertz chapar a bola de esquerda e decretar o 3 a 2.

Aos 43′, o quarto gol alemão, com Füllkrug. Mas já era inútil. Pela segunda vez seguida, algo inédito em sua história, os germânicos dão adeus à Copa ainda na fase de grupos.

FICHA TÉCNICA
ALEMANHA 4 x 2 COSTA RICA
COPA DO MUNDO – 3ª RODADA GRUPO E

Data e hora: 1/12/2022 (quinta-feira), às 16h (de Brasília)
Local: Al Bayt Stadium, em Al Khor (Qatar)
Árbitro: Stéphanie Frappart (França)
Assistentes: Karen Diaz Medina (México) e Neuza Back (Brasil)
VAR: Kathryn Nesbitt (Canadá)

Cartões amarelos:
Cartões vermelhos:

GOLS
Gnabry aos 10min do 1ºT (1-0), Tejeda aos 12min do 2ºT (1-1), Vargas aos 25min do 2ºT (2-1), Havertz aos 27min do 2ºT (2-2), Havertz aos 39min do 2ºT (3-2) e Füllkrug aos 44min do  2ºT (4-2)

ALEMANHA
Neuer; Kimmich, Süle (Ginter, 47/2), Rüdiger e Raum (Götze, 20/2); Goretzka (Klostermann, intervalo) e Gündogan (Füllkrug, 9/2); Musiala, Müller (Havertz, 20/2) e Sane
Técnico: Hansi Flick

COSTA RICA
Navas; Fuller (Bennette 29/2), Duarte, Waston e Vargas; Borges, Tejeda (Roan Wilson,
47/2), Aguilera e Aguilera (Salas, intervalo); Campbell e Venegas (Contreras, 47/2)
Técnico: Luis Fernando Suarez

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