CBF tem leque de opções para o comando da Seleção após chances remotas de contratar Ancelotti

  • 20 de maio de 2023

Com a imprensa espanhola cravando a permanência de Carlo Ancelotti no Real Madrid, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve pensar em outros nomes para o comando da Seleção Brasileira. Embora o alvo número um pareça cada vez mais distante, ainda há opções entre estrangeiros para ocupar o cargo deixado por Tite, em janeiro.

Nomes de treinadores renomados e campeões de Champions League sempre estiveram entre as prioridades do presidente Ednaldo Rodrigues. Mas treinadores que atuam e fazem sucesso no futebol brasileiro também surgem como opções, embora mais remotas, para comandar o próximo ciclo até a Copa do Mundo 2026.

PERFIL OFENSIVO

Logo após a saída de Tite, Ednaldo Rodrigues afirmava que buscava um perfil de técnico que montasse suas equipes de forma ofensiva. Depois da Supercopa do Brasil conquistada pelo Palmeiras sobre o Flamengo, o presidente voltou a ressaltar que não gostaria de um treinador que jogasse “por uma bola”.

Caso Ancelotti não seja uma realidade, a CBF já trabalhou com a possibilidade da chegada de outros técnicos consagrados na Europa, como Luís Enrique, Zinedine Zidane e José Mourinho.

Ex-treinador da Espanha, Luís Enrique chegou a ser entrevistado pelo Chelsea nos últimos meses após a demissão de Graham Potter, mas o espanhol não será contratado pelos Blues. Campeão da Champions League com o Barcelona, o comandante tem preferência por montar equipes que prezam pela posse de bola, além de apostar e desenvolver jovens jogadores.

Nos últimos meses, Zidane aguardou uma oferta da França, mas o então presidente Noel Le Graet renovou o contrato de Didier Deschamps após o técnico comandar sua seleção à final da Copa do Mundo 2022. O ex-treinador do Real Madrid e tricampeão da Champions League está sem emprego desde 2021.

Especulado no Paris Saint-Germain em um passado recente, Zidane talvez volte a ser assunto no Parque dos Príncipes devido a desconfiança da diretoria francesa com Christophe Galtier após uma temporada de insucessos.

Por outro lado, José Mourinho é um técnico que não possui o perfil ofensivo buscado para a Seleção Brasileira, mas vencedor. O Special One conquistou campeonatos nacionais na Inglaterra, Espanha, Itália e Portugal, além de somar duas Ligas dos Campeões e 35 troféus em sua carreira como treinador.

Ex-Flamengo, Jorge Jesus também chegou a ser especulado como futuro comandante da Amarelinha. Embora esteja empregado no Fenerbahce, o Mister ficará sem contrato ao fim da temporada europeia, o que poderia facilitar uma negociação com a CBF nas próximas semanas. Além de ter boa aceitação entre os torcedores do Rubro-Negro, o veterano tem conhecimento do futebol brasileiro e foi vencedor em sua curta passagem entre 2019 e 2020.

Jorge Jesus conquistou seis títulos em sua passagem pelo Flamengo (Foto: Marcelo Cortes / Flamengo)

NO AGUARDO DE ANCELOTTI

Recentemente, Ednaldo Rodrigues confirmou que Carlo Ancelotti é o Plano A da Seleção Brasileira, mas o mandatário estaria disposto a esperar além de maio o anúncio do novo comandante da Amarelinha apenas se tivesse uma sinalização positiva do Real Madrid ou do próprio italiano de sua contratação. Caso contrário, um outro nome poderia ser revelado ainda em maio.

Entre os dias 8 e 20 de junho, a Seleção Brasileira deve fazer amistosos no período da Data Fifa, embora os adversários (ou o adversário) ainda não tenham sido revelados. Treinador interino no duelo contra o Marrocos, Ramon Menezes está disputando o Mundial Sub-20 que se encerra no dia 11 de junho caso sua equipe chegue na decisão ou até mesmo na disputa do 3º lugar.

Sem um treinador, Ramon Menezes comandou Seleção Brasileira no amistoso contra Marrocos (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

MERCADO BRASILEIRO

No Brasil, o nome de Fernando Diniz ganha força entre os jogadores brasileiros, uma vez que o técnico monta equipes que jogam de forma ofensiva e que gostam de ter a posse de bola. Desde 2022, o comandante vem fazendo muito sucesso com o Fluminense e o Tricolor das Laranjeiras conquistou a alcunha do “melhor futebol do país”.

Apesar disso, Diniz possui diversos obstáculos em relação aos outros “pesos pesados” que concorrem ao cargo do técnico da Seleção Brasileira. O comandante de 49 anos conquistou seu primeiro título de expressão na carreira como treinador há poucos meses após uma goleada implacável sobre o Flamengo por 4 a 1 na decisão do Campeonato Carioca.

Fernando Diniz é bem visto por jogadores da Seleção Brasileira (Foto: MAURO PIMENTEL / AFP)

Um outro nome que foi ventilado como o possível substituto de Tite é o de Abel Ferreira. Embora tenha criado uma espécie de hegemonia com o Palmeiras após os títulos da Copa do Brasil, o bicampeonato da Libertadores e o Brasileirão 2022, o português não é visto com bons olhos dentro da entidade.

Além de não ter um estilo de jogo ofensivo, o Mister não possui um bom trato com a imprensa, o que é visto como algo importante por Ednaldo Rodrigues na escolha do novo treinador da Seleção Brasileira.

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