Desembargador manda soltar sócio da Fiji Solutions, mas impõe uso de tornozeleira

  • 19 de junho de 2023

O desembargador André Luís Maia Tobias Granja, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife, determinou nesta segunda-feira (19) a soltura do empresário Breno Vasconcelos de Azevêdo, sócio Fiji Solutions, preso na semana passada durante operação da Polícia Federal. Breno terá que usar tornozeleira eletrônica.

A esposa de Breno, Emilene Maria Lima do Nascimento, também tinha sido presa na semana passada, mas foi posta em liberdade durante a audiência de custódia. O outro alvo da ação da PF, Bueno Aires, foi preso no Rio de Janeiro e será transferido para Paraíba esta semana.

Os três foram detidos na operação que investiga fraude superior a R$ 600 milhões na empresa de criptomoedas Fiji Solutions, de Campina Grande.

Os investigados captaram recursos de clientes, prometendo pagamento de remuneração expressiva, que seria obtida através de operações de compra e venda de criptoativos. Nos últimos três anos, a movimentação financeira desses investigados superou valores aproximados de R$ 600 milhões.
Operação ‘Ilha da Fantasia’
A Polícia Federal prendeu três gestores das empresas de criptoativos Fiji Solutions e Softbank durante a Operação Ilha da Fantasia, deflagrada na manhã desta quinta-feira (15) no município de Campina Grande, Agreste paraibano.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Campina Grande, sendo três no bairro de Itararé e quatro no bairro Catolé; e Gurjão. Na ação também foi dado cumprimento a três mandados de prisão preventiva.

Um dos alvos de mandado de prisão, o proprietário da Fiji Solutions, Buenos Aires, foi preso ontem, na cidade do Rio de Janeiro pela Polícia Civil em cumprimento a mandado de prisão temporária por crime de abuso sexual infantil.

A ‘Ilha da Fantasia’ tem como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro nacional e de organização criminosa, em tese cometidos por gestores das empresas Fiji e Softbank. Os investigados captaram recursos de clientes, prometendo pagamento de remuneração expressiva, que seria obtida através de operações de compra e venda de criptoativos.

Nos últimos três anos foram movimentados pelos principais investigados, valores equivalentes a aproximadamente 600 milhões de reais.

O nome da operação remete a um dos nomes comerciais utilizados pelo grupo criminoso, e ainda ao modus operandi empregado, que envolvia a promessa de rendimentos irreais aos investidores.

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