Brasil cria 1 milhão de vagas com carteira assinada no 1º semestre
- 27 de julho de 2023
O Brasil abriu 1,023 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2023, revelam dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado positivo do mercado de trabalho ocorre com as admissões maiores do que as demissões em todos os primeiros seis meses deste ano. No período, o saldo final resulta de 11,9 milhões contratações e 10,89 milhões desligamentos.
Mesmo favorável, o volume de criação de empregos formais entre janeiro e junho é 26,3% inferior em relação ao mesmo intervalo do ano passado, quando 1,39 milhões de postos do trabalho com carteira assinada foram abertos em território nacional.
Na análise por unidade da federação, os destaques se concentram na região Sudeste, com São Paulo (276,8 mil novos postos), Minas Gerais (144,3 mil) e Rio de Janeiro (74,4 mil) admissões formais. Por outro lado, Alagoas (-8,6 mil) e Paraíba (-3,2 mil) foram os únicos estados que cortaram vagas.
Somente no mês de junho, foram criadas 157.198 novas vagas celetistas, resultado de 1.914.130 admissões e de 1.756.932 dispensas. A criação em ritmo superior ao do mês anterior reverte a tendência de queda no volume total de contratações observada entre fevereiro (249.684) e maio (155.123).
Já no acumulado dos 12 meses finalizados em junho, foram criadas 1.651.953 vagas formais de trabalho no Brasil. O aumento ocorre com 22.863.154 admissões e de 21.211.201 desligamentos no período, saldo já com os ajustes necessários.
Com as atualizações, a quantidade total de vínculos celetistas ativos em junho de 2023 contabilizou era de 43.467.965, o que representa uma variação positiva de 0,36% em relação ao estoque do mês anterior.
Ao longo do ano, o salário médio real de admissão dos trabalhadores subiu 2,46%, de R$ 1.966,63 para R$ 2.015,04. Já a remuneração média de desligamento avançou 3,14%, de R$ 2.080,10 para R$ 2.145,37.
Setores
Ao longo do primeiro semestre, houve geração de empregos em todos os cinco setores econômicos analisados pelo Caged, com destaque para o ramo de serviços, responsável pela abertura de mais da metade (599.454) postos formais no período.
A construção (+169.531 postos), a indústria (+135.361 vagas), a agropecuária (+86.837 cargos) e o comércio (+32.367 admissões) também tiveram mais contratações do que demissões entre janeiro e junho.
Em junho, o bom desempenho também apareceu em todos os ramos, liderado pelos serviços (76.420 postos formais). Na sequência aparecem a agropecuária (+27.159 vagas), a construção (+20.953), o comércio (20.554) e a indústria (12.117 postos), principalmente de Transformação (9.707).