Gerente do Atlético-MG, Victor defende trabalho de Felipão e não vê erro de planejamento

  • 4 de agosto de 2023

Existe uma aceitação muito boa do trabalho de Luiz Felipe Scolari dentro do Atlético-MG. A definição é de Victor Bagy, gerente de futebol do clube. Ele concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira para analisar o momento do time, sem vencer há 10 jogos e em situação delicada no Campeonato Brasileiro e na Libertadores. Para o eterno ídolo atleticano, não houve erro de planejamento para a temporada.

O Atlético avança no segundo semestre na 13ª colocação do Brasileirão, a seis pontos da zona de rebaixamento. Não vence há oito rodadas. Na Libertadores, perdeu para o Palmeiras, em casa, por 1 a 0, o jogo de ida das oitavas de final. Em junho, o clube teve a saída conturbada de Eduardo Coudet, técnico argentino que cobrava reforços para o elenco, e trouxe o experiente Felipão, que ainda não venceu.

Sem “racha” com Felipão

São nove jogos sob o comando de Luiz Felipe Scolari, com quatro empates e cinco derrotas. Desde que Felipão assumiu, o Atlético tem o pior aproveitamento entre todos os times da Série A, no período. Não falta trabalho e dedicação, ressalta Victor.

– Não é por falta de trabalho, comprometimento, posso garantir. Futebol tem fases. Não existe fórmula para superar adversidade que seja diferente do trabalho. Felipão tem buscado alternativas para extrair o melhor. Não existe falta de trabalho.

“Não existe nenhum tipo de problema interno, nenhum racha, como vocês gostam de usar. Existe uma aceitação muito boa do trabalho do Felipão, existe uma avaliação positiva em relação a sua conduta.”

– A gente não tem conseguido replicar o trabalho em campo, por uma questão de confiança, de momento que o futebol nos apresenta. É ter calma, serenidade.

Após a derrota para o Palmeiras, pela Libertadores, Felipão reagiu com irritação aos questionamentos na coletiva. Usou até de ironia para analisar o momento time. Victor defendeu o técnico, citou “cabeça quente” pelo momento, mas garantiu que Scolari repensou.

– A gente conversou, se você fizer as mesmas perguntas ao Felipão, o trato vai ser diferente. Tenho certeza que ele refletiu, viu que em algum momento poderia ter feito diferente. Somos seres humanos. Sempre após os jogos, ainda mais no momento de instabilidade, é difícil falar. Às vezes a gente precisa ter mais tolerância porque a frustração gera reações fora do contexto. Mas vejo o Felipão um cara muito educado, disponível.

Planejamento

Questionado sobre qual o maior erro na gestão de futebol, Victor defendeu o planejamento da diretoria.

– Estamos seguindo o que foi definido no início da temporada. Começamos bem em termos de conquista e performance, buscamos todos os objetivos no primeiro semestre: a conquista do Estadual, a classificação para a fase de grupos da Libertadores, as oitavas da Libertadores. A Copa do Brasil, infelizmente, a gente acabou eliminado. Mas é impossível passar a temporada vivendo só de vitórias.

“O momento é ruim, mas não vejo como erro de planejamento. Tudo que foi proposto, em termos de contratações e planejamento financeiro, a gente tem seguido.”

 

O elenco, que gerou atritos entre o treinador anterior e a diretoria, foi elogiado por Victor.

– Entendemos que temos um elenco qualificado, forte. Não à toa, Felipão aceitou vir para cá pautado na força desse elenco. Se você pegar os 28 jogadores, 14 já fizeram parte de seleções. Qualquer jogador que temos joga em outros times da Série A. O momento é de retomada de confiança e não de avaliação de erro de planejamento.

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