Braço direito do prefeito de São Mamede se apresenta à PF e é preso
- 17 de agosto de 2023
O ex-procurador da Câmara de São Mamede e alvo da Polícia Federal no âmbito da Operação Festa no Terreiro 2, João Lopes, se apresentou, na manhã desta quinta-feira (17), à Polícia Federal (PF) de Patos e foi preso. Ao lado do prefeito Umberto Jefferson, Lopes é suspeito de integrar uma quadrilha que teria desviado recursos da cidade sertaneja.
Ontem, foi exonerado do cargo de procurador da Câmara Municipal de São Mamede. Ele é um dos suspeitos de desviar verbas através de processos licitatórios e contratos do município, para financiar, por exemplo, a construção de uma casa de luxo para o gestor, na cidade de Patos, no Sertão paraibano. Além de procurador-geral, João Lopes de Sousa Neto era o presidente da Comissão de Licitação do município de São Mamede.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB), através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Federal (PF) acusam o procurador-geral de fraudar processos licitatórios, sendo peça fundamental na organização criminosa encabeçada pelo prefeito Umberto e Josivan Gomes Marques, um dos braços direitos do gestor.
Em uma de suas atuações, João Lopes assinou uma licitação de R$ 10.104.129,88, sendo que o valor original era de R$ 8.357.151,13. O aumento de R$ 1.746.978,75 pode ter sido parte dos R$ 2.659.389,78 que Josivan Gomes recebeu através da empresa NV Consórcio de Engenharia LTDA, de acordo com os autos do processo.
A prisão preventiva de João Lopes de Sousa Neto também se mostra essencial para o sucesso das investigações e melhor apuração dos fatos narrados na cautelar, notadamente pelo seu papel de destaque e relevância no esquema da organização delitiva, consubstanciando a concreta possibilidade de que, solto, influencie, convença e, até mesmo, imponha seu poderio sobre os demais integrantes, sobretudo os que desempenhavam funções de menor relevância, aponta o desembargador.
VITRINE DO CARIRI
Com MaisPB