Michelle Bolsonaro se diz em paz sobre quebra de sigilo bancário
- 18 de agosto de 2023
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (foto) desabafou em seu perfil no Instagram sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de autorizar a quebra de sigilo bancário dela e de Jair Bolsonaro.
Na publicação ela questiona: Pra quê quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir.
Michelle desabafou, contra o que considera uma perseguição política.
Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família, escreveu, finalizando: Estou em paz!.
Foto: Reprodução Instagram Michelle Bolsonaro
Na noite desta quinta-feira (17), Moraes acatou pedido da Polícia Federal para autorizar a quebra do sigilo bancário de Jair e Michelle Bolsonaro. O pedido foi feito após a operação que investiga o esquema de desvio e venda no exterior dos conjuntos de joias presenteados à Presidência da República por governos estrangeiros.
Os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores, diz trecho do pedido da PF junto ao STF.
O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, disse que o ex-presidente teria o direito de vender as joias. Ele citou a lei regulamentadora do acervo presidencial, Lei 8394/91, para dizer que as joias se encaixam nos chamados objetos tridimensionais previstos no acervo presidencial privado , sendo propriedade do presidente da República, inclusive para fins de herança, doação ou venda.
Além disso, Mauro Cid decidiu confessar que participou do esquema das vendas das joias. Para Bueno, a confissão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro não vai interferir em nada na situação do ex-presidente.
O defensor de Cid, Cezar Bitencourt, também afirmou que seu cliente não vai culpar Bolsonaro em sua confissão.
Não vou falar [que foi a pedido de Bolsonaro], isso está implícito. Assessor obedece ordens, assessor não tem autonomia para o que quiser. O que ele faz? Ele assessora. Segue o caminho do chefe. Resolve esse problema, ele vai resolver. Faz isso, e ele vai fazer. Qual o interesse ele teria em fazer isso [vender e comprar as joias]? Nenhum, né?, disse Bitencourt.