25% do Manchester United custa mais que todas as SAFs brasileiras somadas
- 16 de outubro de 2023
O processo de venda do Manchester United, que já dura 11 meses, pode estar chegando ao fim. De acordo com a imprensa inglesa, o sheik Jassim bin Hamad Al-Thani, do Qatar, retirou sua oferta para compra de 100% do clube e deixou o caminho aberto para Sir Jim Ratcliffe.
Considerado um dos homens mais ricos do Reino Unido e dono do Nice, da França, Ratcliffe encaminhou a compra de 25% das ações do United, focando na parte operacional do futebol. O valor da transação seria de cerca de 1,4 bilhão de libras (R$ 8,63 bilhões).
A família norte-americana Glazer, por sua vez, seguiria com 69% da equipe. Os 6% restantes estão divididos entre investidores minoritários na Bolsa de Valores de Nova York.
Por que pagar tão caro por 25% do clube?
De acordo com o “The Guardian”, o Manchester United está avaliado em cerca de R$ 16,2 bilhões. Ainda assim, Ratcliffe está disposto a pagar metade desse valor para comprar “apenas” 25% das ações.
O motivo do “valor inflacionado” é simples: garantir o controle operacional do futebol. Se a oferta for aceita, o empresário poderá opinar em decisões importantes tomadas pela diretoria do clube. Ele ainda teria opção de comprar mais ações no futuro.
Mais caro que todas as SAFs SOMADAS
O valor de R$ 8,62 bilhões, que será usado para comprar 25% das ações do Manchester United, seria suficiente para comprar todas as SAFs já negociadas na Série A do Brasileirão.
Até o momento, sete times já receberam aportes financeiros e têm a figura de um comprador no comando do dia a dia: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Cuiabá e Vasco. Sem contar os valores utilizados para pagar dívidas, as sete vendas tiveram um valor total de R$ 4,2 bilhões.
Mesmo contando as dívidas assumidas (que não são poucas), o valor total investido até o momento no futebol brasileiro não alcança as cifras relativas a 25% do Manchester United.