Ednaldo quer independência de Rodrigo Caetano na CBF como antídoto contra “dobradinhas” em seleções

  • 17 de fevereiro de 2024

As nomenclaturas variam conforme o tempo, mas Rodrigo Caetano chega para carregar a chave do departamento de seleções da CBF. Função ocupada recentemente por outros profissionais, de diferentes perfis, que passaram pela CBF. Ex-jogadores com histórico de Seleção como Gilmar Rinaldi, Edu Gaspar – com passagem bem menos destacada, é claro – e Juninho Paulista.

Apesar de ex-jogador, com carreira que iniciou no Grêmio e prejudicada por grave lesão no joelho, Caetano tem a missão de reestruturar o departamento de seleção principal e também de base, ele une as funções mais recentes de Juninho e Branco, embora seja provável que contrate um gestor voltado diretamente para a base. O mais importante, no entanto, é que Ednaldo quer independência do seu novo diretor. A hierarquia é: Dorival responde a Caetano, que responde a Ednaldo.

Por mais que a relação de Rodrigo Caetano com Dorival seja antiga – trabalharam juntos no Vasco e no Fluminense -, o presidente da CBF não quer relação de “dobradinha” nessa relação entre diretor e treinador da seleção brasileira. Os dois tiveram alguns encontros – incluindo longa conversa no hotel em que Ednaldo reside no Rio de Janeiro – antes da assinatura formal de contrato nessa tarde de sexta-feira para definir o escopo da atuação de Caetano.

Nos exemplos mais conhecidos, Zagallo, nome consagrado na seleção brasileira, era guardião e conselheiro em 1994 de Carlos Alberto Parreira, que tinha sido seu preparador físico em 1970. O ex-goleiro Gilmar Rinaldi foi coordenador de Dunga, companheiro de tetracampeonato nos Estados Unidos. O último modelo semelhante é o de Edu Gaspar e Tite, que entraram na CBF para repetir a dupla de sucesso no Corinthians.

O presidente da CBF ouviu Dorival Júnior para contratar Rodrigo Caetano, mas deixou claro que a contratação é dele próprio. Uma figura que deve ter distanciamento para possível tomada de decisões e observações no rumo até a Copa do Mundo de 2026.

A primeira convocação está marcada para o dia 1º de março. Até lá, a CBF também deve ter o reforço de Juan, ex-jogador de seleção que vai ficar sob o “guarda-chuva” de Rodrigo Caetano para reforçar a estrutura da seleção brasileira principal.

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