Repórter faz B.O contra mascote do Internacional por importunação sexual
- 26 de fevereiro de 2024
Gisele Kümpel, repórter do Canal Monumental, denunciou um funcionário que trabalha como mascote do time Internacional por importunação sexual. O crime teria ocorrido neste domingo (25) durante uma partida contra o Grêmio no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
A jornalista relatou que foi abraçada e beijada pelo indivíduo sem consentimento. Após a partida, ela participaria de uma coletiva de imprensa com o técnico do Grêmio, Renato Gaúcho. Entretanto, deixou o compromisso profissional para registrar o boletim de ocorrência.
“Importunação sexual pelo mascote do Internacional. Mais um dia a mulher querendo fazer seu trabalho no futebol e sofrendo com isso por alguns idiotas que são criminosos. Vou até o fim para que mais nenhuma mulher passe por isso”, escreveu, em seu perfil no X.
“Está tudo bem. Tirando o pavor, tremedeira, choradeira e incredulidade do momento, fiz o que poderia fazer, já que eliminar o fato é impossível. Agradeço a preocupação”, complementou.
Gisele contou em entrevista ao G1 que a suposta importunação começou no segundo tempo da partida, agravando-se após terceiro gol do Internacional. “Em vez de comemorar com a torcida, ele vem e para do meu lado”, disse.
Eu estava relatando o lance para o canal e ele vem e me abraça de lado. Fecha os dois braços em mim e fica alguns segundos. Não foi um tapinha nas costas. E ele, com a máscara, vem para me dar um beijo. Senti o suor dele em mim e o barulho do beijo.
“Eu comentei, uma hora: ‘Eu não aguento mais esse mascote me incomodando’, e ouvi alguém falar: ‘Ele às vezes incomoda mesmo’. Quando deu pênalti para o Inter, eu já pensei: ‘Vou me afastar, porque se o Inter fizer gol, ele vai vir'”, continuou.
A Polícia Civil instaurou um inquérito pela 1ª Delegacia da Mulher de Porto Alegre para investigar o crime. Foram solicitadas as imagens das câmeras do estádio e informações sobre o funcionário. Gisele assegurou que pedirá medida protetiva contra o mascote.
Em comunicado, o Internacional informou que “disponibilizará imagens do seu circuito de monitoramento para a elucidação dos casos”.
