Chanceler afirma que Brasil condena qualquer ato de violência após ofensiva do Irã contra Israel

  • 15 de abril de 2024

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta segunda-feira (15) que o Brasil “condena sempre” qualquer ato de violência e que “conclama” o entendimento para o fim dos conflitos no Oriente Médio. A declaração foi dada pelo chanceler após ele ser questionado sobre a posição brasileira diante do ataque do Irã a Israel neste fim de semana. “O Brasil condena sempre qualquer ato de violência e o Brasil conclama o entendimento entre as partes”, afirmou Vieira.

No domingo (14), o Itamaraty afirmou, por meio de nota, que acompanha “com grave preocupação” o envio de drones e mísseis do Irã em direção ao país comandado por Benjamin Netanyahu. “O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”, disse a pasta.

Nesta segunda, Vieira reforçou o posicionamento do ministério. “A nota é essa, foi feita ontem à noite, às 23h, quando todo o movimento começou e nós manifestamos o temor que o assunto, o início da operação, pudesse contaminar outros países. À noite, a todo momento, em que não tínhamos claro a extensão ou o alcance das medidas tomadas. E sempre fizemos o apelo para a contenção e medição das duas partes”, acrescentou.

O ataque feito pelo Irã motivou uma nota de repúdio do grupo parlamentar Brasil-Israel. De acordo com os congressistas, ações como as que ocorreram nas últimas horas “representam uma clara violação do direito internacional e colocam em risco a segurança e a estabilidade da região”. O grupo também pediu uma resposta da comunidade internacional, com a adoção de medidas concretas contra novas ações iranianas.

O Irã lançou um ataque inédito contra Israel entre a noite de sábado (13) e a madrugada de domingo em resposta ao ataque israelense contra o consulado iraniano. Após lançar os mísseis e drones, o Irã sinalizou o fim da ofensiva. Em comunicado publicado pela Missão Permanente do Irã nas Nações Unidas no X (antigo Twitter), as autoridades disseram que o “assunto pode ser considerado concluído”.

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