Marina tenta responsabilizar Bolsonaro por tragédia no RS

  • 4 de maio de 2024

Em entrevista à CNN Brasil, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, tentou jogar a responsabilidade pela tragédia no Rio Grande do Sul no colo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ao ser questionada se a falta de radares meteorológicos poderia atenuar o número de vítimas das enchentes, Marina afirmou basicamente o seguinte:

“Se não tivéssemos quatro anos de apagão em termo de política climática, de política de prevenção, poderíamos estar numa outra situação, com certeza. Essas políticas foram todas retomadas a partir do ano de 2023. E você há de convir que algo dessa magnitude não consegue se resolver em um ano.”

Ela ainda destacou que deve decretar, ainda em 2024, emergência climática para 1,9 mil cidades suscetíveis a eventos extremos.

“Qual é a nossa expectativa? De poder decretar emergência climática nos 1.942 municípios que são suscetíveis a eventos climáticos extremos. Ao decretar emergência climática, você pode ter ações que sejam continuadas, às vezes de remoção de população, de drenagem, de encosta, de uma infraestrutura que seja adequada, sistemas de alerta que sejam rápidos, combinando tecnologia com relação e em integração com a comunidade” disse Marina.

FAB pede ajuda

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou na noite de sexta-feira, 3, que recebe doações para a população do Rio Grande do Sul. O pedido é por roupas, colchonetes, água potável e alimentos não-perecíveis.

As doações podem ser feitas nas bases aéreas de Brasília (DF), de São Paulo (SP) e no aeroporto do Galeão (RJ).

Tragédia no Rio Grande do Sul

O número de mortos em razão das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 57 neste sábado, 4.

Segundo boletim divulgado mais cedo pela Defesa Civil, há ainda 67 desaparecidos e 74 pessoas feridas. 

São mais de 42 mil pessoas fora de casa, sendo 9.581 pessoas em abrigos e 32.640 desalojadas. No total, 300 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema.

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