Parlamentares querem usar fundão eleitoral para reconstruir o RS
- 6 de maio de 2024
Deputados e senadores, tanto da base quanto da oposição, apresentaram nesta segunda-feira (6) várias propostas para utilizar o fundão eleitoral na reconstrução do Rio Grande do Sul, estado devastado pelas fortes chuvas.
Bibo Nunes (PL-RS), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Kim Kataguiri (União-SP) entre outros deputados de oposição ao governo Lula protocolaram um projeto de lei para destinar metade do fundão eleitoral especificamente para garantir o fornecimento de água potável, energia e outras necessidades urgentes dos cidadãos do estado.
Como o fundão eleitoral está orçado em R$ 4,9 bilhões, essa iniciativa, por si só, garantiria em torno de R$ 2,45 bilhões ao Rio Grande do Sul.
“Este montante poderia ser crucial para acelerar a recuperação das infraestruturas danificadas e garantir o fornecimento de recursos essenciais”, explica o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança.
Já para Bibo Nunes, é crucial que o Poder Público se una, incluindo os partidos políticos e os próprios políticos, realocando metade desses fundos para as ações emergenciais relativas ao desastre ocorrido no Rio Grande do Sul.
O senador Jorge Kajuru, líder do PSB no Senado, protocolou dois ofícios solicitando o redirecionamento de parte dos recursos do fundo eleitoral e das emendas de comissão vetadas pelo governo federal para auxiliar as vítimas do estado do Rio Grande do Sul.
Os documentos foram direcionados a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes. O senador Ireneu Orth (PP-RS) também apresentou proposta neste sentido.
“Abrindo mão da metade do fundo eleitoral os partidos ainda teriam, este ano, mais de 70% do valor gasto há quatro anos. A meu ver, ninguém poderia dizer que não foi eleito por falta de dinheiro”, justifica o Senador no pedido de remanejamento de recursos do TSE.
“Vejo muita discussão sobre a derrubada do veto proposto pelo Presidente da República à R$ 5,6 bilhões das emendas de comissão. Por que não se falar em manter o veto, desde que parte do valor, ou todo ele, seja destinado ao Rio Grande do Sul? É um momento mais que oportuno para os políticos demonstrarem cabalmente que são preocupados com aqueles que representam”, argumenta o senador.