Fundação do MDB estima perda de R$ 175 bilhões no PIB gaúcho até 2029

  • 7 de junho de 2024

Estudo feito pela Fundação Ulysses Guimarães (FUG), braço de formação política do MDB, aponta que o Rio Grande do Sul terá uma perda na capacidade produtiva é de pelo menos R$ 175 bilhões até 2029.

Segundo o economista e consultor Gustavo Grisa, responsável pelo plano, a expectativa é que o PIB gaúcho apresente queda dos atuais 3,5% para – 1,5% até o final deste ano.

“São dados que reafirmam a importância de novos arranjos, fundos e processos além de governos. Isso demanda mudar a lógica, aprofundar a internacionalização, a formação de redes B2B, para que o Rio Grande do Sul não sucumba a uma estagnação nos próximos 20 anos. É preciso agregar competências, credibilidade. Em uma perspectiva global, o choque econômico foi de grandes proporções”, afirma Grisa.

A Fundação Ulysses Guimarães apresentou nesta semana um plano de medidas para a recuperação econômica do Estado. Coordenado pelo presidente da instituição, o deputado federal Alceu Moreira (RS), o documento estabelece diretrizes que vão desde soluções imediatas para preservação dos empregos a iniciativas de médio e longo prazo, com foco em governança estratégica e reestruturação do ambiente de negócios.

De acordo com o estudo, os impactos gerados pela catástrofe reforçam a importância de uma rediscussão sobre o plano de desenvolvimento do Rio Grande do Sul, que desde 1980 apresenta queda na participação do PIB nacional, conforme a Fundação. Sem considerar os efeitos da tragédia, a projeção já era de uma redução de participação dos atuais 6,2% para 5,3% do PIB nacional até 2045.

“Se era de urgência ou emergência que o Rio Grande do Sul precisava para realizar essa virada estrutural, a calamidade apenas agravou por essa necessidade. Mais importante do que a reconstrução é tratar sobre recomposição, e isso demanda fórmulas capazes de fugir do fluxo convencional, burocrático e trabalhar sobre as novas oportunidades”, avalia o parlamentar.

Segundo o estudo da FUG, será necessário a partir de agora foco e governança ágil em estratégia de recuperação econômica; o estabelecimento de objetivos a médio e longo prazo; a reestruturação dos modelos de fornecimento de energia e água para o Estado, buscando recursos de forma permanente.

Ainda para a entidade, será necessária a partir de agora a adoção de fórmulas que fujam da burocracia na distribuição de recursos, com agilidade e transparência nos processos; o foco em produção e consumo, com a criação de mecanismos que estimulem o espírito empreendedor do Estado e a organização, divulgação e governança de alta qualidade para mudanças políticas no Rio Grande do Sul.

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