Deadpool e Wolverine: os fãs da Marvel felizes de novo?

  • 25 de julho de 2024

Seja você fã de super-heróis ou não, tenho certeza que você viu ou ouviu falar sobre o filme Deadpool e Wolverine nas últimas semanas.

O tão esperado lançamento da Marvel finalmente chegou aos cinemas e muita gente saiu correndo pra conferir logo na primeira semana – eu inclusive. Pra quem não sabe do que se trata, o filme é uma continuação da história do Deadpool, o anti-herói “mercenário tagarela”, só que dessa vez com a participação do Wolverine, um dos personagens mais icônicos da Marvel. Um encontro muito aguardado, diga-se de passagem.

A minha vontade é escrever esse texto falando sobre todas as MUITAS referências que o filme faz ao meu tão amado universo dos super-heróis, mas vou fazer diferente. Explico: eu fui assistir com um amigo meu que não entende muito sobre o assunto e quando a gente saiu do cinema, perguntei o que ele achou. Mesmo sem pegar um detalhe ou outro, ele gostou bastante e disse que ficou impressionado com o jeito que a história conseguiu impactar todo mundo naquela sala de cinema. Um rapaz do nosso lado, por exemplo, passou o filme todo sem encostar as costas na cadeira. Juro. Quase 2 horas olhando pra tela, praticamente sem piscar, com um sorrisão no rosto.

Há muito tempo eu não via isso. A sala de cinema animada, dando risada, reagindo a cada cena… e isso me fez pensar em escrever mais sobre essa sensação do que sobre a história propriamente dita. Sim, eu gostei MUITO do filme e acho que ele correspondeu a todas as muitas expectativas que eu tinha. Como eu li em muitos textos de colegas jornalistas, é uma grande e divertida celebração do universo Marvel, mas que parece ter dificuldade de ir pra algum lugar. Fica ali, dando uma volta em torno da própria história, abusando das grandes referências que os fãs tanto amam. E veja bem: eu não tô reclamando disso. Pelo contrário.

Claro que eu quero saber o que vem pela frente – e acho até que o filme dá sinais promissores – mas se tem uma coisa que eu gosto é de nostalgia. Peço desculpas a todos os haters do saudosismo, mas que sensação boa eu senti na sala de cinema. Aquela coisa de reconhecer uma referência ou um personagem, olhar pro lado e ver que outra pessoa teve a mesma reação. Deu risada no mesmo momento. Entendeu a mesma piada. Uma conexão maluca com alguém que você nunca viu na vida. Sei lá, talvez eu esteja sendo muito romântica (afinal, eu acabei de sair do cinema), mas acho incrível quando a gente consegue se reconhecer no outro, por algum motivo. E fico feliz que o cinema seja uma das ferramentas pra isso, seja através das histórias de super-heróis ou não.

Por isso eu vou defender meus bonequinhos até o fim e dizer que, sim, esse foi um dos maiores filmes do ano até agora. Não só por causa do grande encontro entre os dois protagonistas, mas também pela experiência que a história proporciona. Na saída da sala de cinema, eu ouvi muitas pessoas falando sobre como o filme as fez lembrar de um momento ou outro da vida. “Ah, aquela cena é daquele filme que eu vi quando eu tinha 15 anos e fui pra casa da minha avó nas férias” ou “aquele personagem marcou minha adolescência”.

Às vezes é bom olhar pra trás, comemorar o que deu certo, dar risada do que deu errado, pra depois pensar pra onde a gente quer ir. Acho que a Marvel tá fazendo isso – e a gente acaba fazendo também.

VITRINE DO CARIRI
Com CNN Brasil.

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