Servidores do INSS mantêm greve na Paraíba e Governo manda cortar salários

  • 26 de julho de 2024

Os servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), mesmo com a decisão judicial de corte de ponto no salário feita pelo governo federal, seguem a greve na Paraíba. Das 38 agências físicas, 17 estão trabalhando parcialmente e duas estão totalmente paradas. Dos 331 servidores, estima que 40% possam aderir ao movimento que foi iniciado desde o dia 16 de julho, após três rodadas de negociações sem acordo.

Os servidores reivindicam uma mudança estrutural do INSS, a valorização e reestruturação da Carreira, melhorias das condições de trabalho, a incorporação da gratificação GDASS ao Vencimento Básico (VB) e recomposição das perdas salariais. A categoria rejeitou a proposta do governo, apresentada pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI) na última mesa temporária e específica do setor.

Conforme apurou o ClickPB, ações de mobilização para conscientizar os beneficiários e a população estão sendo realizadas dia a dia. Na última quinta-feira (26), o ato foi na Agência da Previdência Social (APS), na Avenida Pedro I, Centro de João Pessoa. No local, o comando de greve conversou com segurados e explicou os motivos da paralisação.

Um novo ato foi feito na APS Sul, nos Bancários. Já em Campina Grande, o comando de greve estará na APS Tiradentes. Na próxima semana, as visitas serão nas APS de Bayeux e de Santa Rita.

O Instituto Nacional do Seguro Social possui 18.574 servidores ativos no país, dos quais cerca de 40% estão trabalhando em teletrabalho. Na Paraíba, são 331 servidores e 37 agências da previdência social físicas e duas digitais.

A crescente adesão à greve do INSS em todo país, fez com que o governo federal entrasse na Justiça para barrar o movimento. Numa rápida decisão, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a suspensão da greve. O desrespeito à decisão vai gerar multa diária de R$ 500 mil às entidades sindicais. Os sindicatos estaduais, federação e confederação da categoria já acionaram seus departamentos jurídicos para estudarem as medidas jurídicas cabíveis para o caso.

“O governo não tomou essa medida drástica com as outras entidades que pararam, pois já havia afirmando que iria garantir o direito de greve do trabalhador. A orientação é que os servidores se mantenham tranquilos e sigam os indicativos do Sindicato e do comando de greve. A paralisação continua firme, forte e crescente”, explicou Sérgio Fonseca, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Previdência e Trabalho do Estado da Paraíba (SindsprevPB) e integrante do comando estadual de greve.

Com a paralisação, vários serviços estão sendo impactados, como concessão de aposentadoria, pensão, auxílio e reclusão, avaliação social do benefício de por prestação continuada (BPC).

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