Presidente do Vitória se revolta com arbitragem após polêmica contra o Cruzeiro: “Crise histórica”
- 20 de agosto de 2024
Um dos lances que mais geraram polêmica no confronto entre Vitória e Cruzeiro, na noite desta segunda-feira, em jogo da 23ª rodada da Série A, foi o possível domínio de mão do meia Matheus Henrique no início da jogada que deu origem ao gol de empate por 2 a 2 da Raposa na reta final do jogo. Os atletas reclamaram, e o VAR revisou o lance, mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique confirmou o gol de Dinneno, para revolta do presidente rubro-negro, Fábio Mota.
Esse foi o segundo gol do Cruzeiro, que aproveitou o jogador a mais após expulsão de Neris e buscou empate com o Vitória, após ficar em desvantagem de duas bolas nas redes.
Após o apito final, Fábio Mota tomou a frente do auxiliar Estéphano Djian, que estava à frente do time por conta da suspensão do técnico Thiago Carpini, e teceu fortes críticas à arbitragem brasileira. Em uma rara aparição, ele relembrou outro momentos polêmicos em jogos do Rubro-Negro neste Brasileiro e afirmou que os árbitro precisam se profissionalizar.
Eu não costumo fazer isso, nunca fiz como presidente do Vitória. Mas hoje, acho que passou de todos os limites. Acho que o que está acontecendo com a arbitragem brasileira, especificamente com o Vitória, é uma vergonha”.
— Fábio Mota, presidente do Vitória
– Fomos prejudicados contra o Botafogo em um gol anulado sem sentido. Fomos prejudicados contra o Corinthians, quando o VAR chamou, e o árbitro não expulsou o jogador do Corinthians. Hoje foi um escândalo em todos os sentidos. Não estou discutindo se o Cruzeiro já teria empatado o jogo, acho até que já merecia ter empatado, mas não dessa forma que foi. Está nítido que não é fácil brigar no Campeonato Brasileiro como estamos brigando. Fazemos um esforço gigante para enfrentar de igual para igual times fortes como esse, um time milionário com investimento de mais R$ 20 milhões e folha de R$ 30 milhões. O Cruzeiro não precisa disso. É um absurdo, é vergonhoso. Precisamos clamar pela profissionalização da arbitragem. Enquanto a arbitragem não for profissional, vamos ficar cheio de dúvidas e indagações na nossa cabeça – desabafou.
Fábio Mota ainda foi além e intitulou o momento atual da arbitragem brasileira como o pior da história. Segundo ele, o toque de mão de Matheus Henrique na origem do segundo gol do Cruzeiro foi claro e não há justificativa contrária.
É um absurdo não ter uma arbitragem profissional. Nós no Brasil temos essa vergonha de não ter profissionalismo na arbitragem. Será que todo mundo viu que foi mão e o árbitro não viu que foi mão? Se ele conseguir provar que não foi mão e mostrar uma imagem exclusiva, cai por terra tudo que eu estou falando”.
— Fábio Mota
– É vergonhoso, o Cruzeiro, o Corinthians, o Fluminense não precisam disso para não cair. Será que é para o Vitória cair, porque é o que tem menor investimento? É isso que precisamos saber. Eu clamo para o Brasil que precisamos ter o profissionalismo da arbitragem. O árbitro precisa ter a profissão de árbitro e receber como árbitro, não fazer disso um bico, tendo outra profissão. O maior erro vem daí. Enquanto não profissionalizarmos a arbitragem do Brasil vamos passar por isso. Tentamos jogar de igual para igual contra o Cruzeiro, mas os dois pontos não voltam. O prejuízo é do clube, que faz um esforço enorme e sai prejudicado. Estamos vivendo uma crise histórica da arbitragem no Brasil, é o pior momento desde a sua existência. Vamos parar tudo e profissionalizar a arbitragem. Não é para fazer disso um bico para colocar dúvida na nossa cabeça. Não é possível que o Brasil todo viu que foi mão e o árbitro não marcar mão – concluiu o presidente.
Na esteira das críticas, o Vitória abre mais uma semana de preparação para enfrentar o São Paulo no próximo domingo, em duelo marcado para as 18h30 (de Brasília), no Morumbis. O Rubro-Negro saiu da zona de rebaixamento com o empate desta segunda, mas segue empatado em pontos com o Corinthians (22), primeiro time do Z-4.