Boni se diz contra o politicamente correto: ‘Se fosse diretor da Globo hoje, seria preso’

  • 22 de agosto de 2024

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, acredita que seus métodos de gestão não funcionariam mais na Globo. O criador do “padrão Globo de qualidade” relembrou a bronca que deu em um funcionário e foi questionado por Pedro Bial se acredita que seria acusado de assédio moral nos dias de hoje. “Se eu fosse diretor na Globo hoje, seria preso”, disparou.

O veterano revelou que até Tarcísio Meira (1935-2021) ficou impressionado com a forma com a qual ele tratou um funcionário. “Um dia o Tarcísio Meira estava comigo na sala e entrou um assistente de direção do Fantástico. Eu tinha mandado que ele fizesse umas coisinhas para ajustar a dinâmica do programa, e ele não fez”, começou o responsável pela grade padrão da emissora, em entrevista ao Conversa com Bial de quarta (21).

“Dei aquela bronca sem tamanho, e o cara saiu da sala chorando. O Tarcísio perguntou: ‘Por que você deu essa bronca?’ E eu respondi: ‘Porque senão ele não faz. Eu o adoro. Depois que ele fizer, chamo aqui e peço desculpa'”, contou ele. Pedro Bial o questionou sobre um possível processo, e ele foi categórico ao dizer que seria preso.

Boni, então, também fez críticas ao que definiu como “politicamente correto”. “Sou inteiramente contrário a esse negócio, porque é uma censura muito grande, é a sociedade inteira censurando você, é maior que meia dúzia de censores, que a censura militar”, começou o publicitário.

Acho a liberação das mulheres maravilhosa, o combate ao racismo maravilhoso, mas o politicamente correto castrador. Ninguém pode dizer para mim que é feio que eu diga tal coisa. É feio que eu ofenda as pessoas, mas não pode ser esse julgamento maciço. É tirar sua liberdade de pensar e sua liberdade de expressão.

O empresário falou ainda sobre o início da carreira e a passagem pela publicidade, além da instituição da televisão como um todo. Ele fez referência ao livro dele, O Lado B de Boni, que teve um evento de lançamento em São Paulo nesta semana. No Rio de Janeiro, nomes como Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Reginaldo Faria prestigiaram o ex-diretor.

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