Estádio: Flamengo paga mais R$ 7,8 milhões por terreno após perícia, e ação passa para Justiça federal

  • 27 de agosto de 2024

O Flamengo deu mais um passo para tomar posse do terreno do Gasômetro, onde pretende construir o seu estádio até o fim de 2029. Na última sexta-feira, o clube tomou conhecimento do resultado da perícia pedida pela Justiça sobre o valor de R$ 138.195.000,00 e pagou a diferença. Segundo o engenheiro civil Heraldo Prado Júnior, o preço dos 86.592,30m² é de R$ 176 milhões.

Porém, 17% do valor é referente ao domínio direto. Como o Flamengo comprou apenas o domínio útil (83%), a quantia apontada para indenização ao Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha foi de R$ 146.080.000,00. Com isso, o Rubro-Negro efetuou o depósito da diferença equivalente a R$ 7.885.000,00, conforme divulgado pelo site “Mundo Rubro Negro”.

Mas o clube ainda não está liberado para tomar posse do terreno. A 8ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital, onde correu o processo, homologou a venda, mas declinou da competência para emitir a imissão de posse e passou a ação para a Justiça federal, onde a Caixa Econômica Federal, administradora do fundo, e a União Federal contestam a legalidade do leilão.

Mas nos corredores da Gávea o clima continua de otimismo para um final feliz, uma vez que a própria Justiça federal garantiu a realização do leilão e derrubou a liminar que chegou a suspender o processo no fim de julho. O Flamengo espera que haja um acordo para acelerar o processo e que a Caixa entenda que será beneficiada com a valorização da região, onde terá o potencial construtivo dos terrenos ao redor para explorar. O clube também acredita que terá o apoio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula.

O Flamengo poderá ter um desconto futuro sobre o preço com base em um custo que terá. Durante quase um século, funcionou no local o Gasômetro do Rio de Janeiro com capacidade de fornecer até 180 mil m³ de gás por dia, mas por serem altamente poluentes afetaram o solo. O clube estima cerca de R$ 20 milhões para a descontaminação e depois pode recorrer à Justiça para descontar do valor da compra (mesmo processo que tenta a prefeitura sobre a área onde construiu o Terminal Gentileza).

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