Globo cancela Linha Direta após duas temporadas por questões comerciais

  • 30 de agosto de 2024

Ressuscitado após 16 anos sob o comando de Pedro Bial, o Linha Direta não terá uma terceira temporada. A Globo decidiu cancelar o programa policial por conta de questões comerciais, apesar da qualidade do conteúdo e da repercussão positiva entre o público.

As informações são da coluna Play, do jornal O Globo. Segundo a jornalista Anna Luiza Santiago, a equipe da atração já recebeu o aviso de que não serão produzidos mais episódios em 2025.

A versão atual do formato teve apenas duas temporadas, com dez episódios cada. Foram contados no programa casos de grande repercussão, como as histórias da jovem Eloá Pimentel, do menino Henry Borel e do ator Jeff Machado.

Quatro casos relatados durante a primeira temporada foram solucionados por causa de denúncias feitas após a exibição dos episódios. Já Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, que estava foragida há 17 anos por participar do assassinato da própria filha, foi presa dois dias depois do caso ser tema do Linha Direta.

Programa policial de grande repercussão na Globo entre os anos de 1990 e 2007, o Linha Direta voltou à programação em maio de 2023 sob o comando de Pedro Bial.

O formato foi inspirado em atrações de sucesso nos Estados Unidos e mostra um caso policial por edição. Cada programa, exibido nas noites de quinta, mostra todos os desdobramentos de um crime real que tenha tido grande repercussão na mídia, além do processo de investigação e até dramatização de reconstituição com base nos depoimentos.

A primeira versão foi apresentada por Hélio Costa. Em 1999, o programa retornou sob o comando de Marcelo Rezende (1951-2017). Domingos Meirelles assumiu o Linha Direta em 2002 e permaneceu até o fim da atração, em 2007.

Ao longo de sua exibição, o programa contribuiu para a prisão de quase 400 foragidos. Em setembro de 2002, representantes do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos Humanos afirmaram que a atração era de utilidade pública. O Linha Direta também teve edições especiais sobre casos com elementos sobrenaturais, como o do Edifício Joelma e o da Operação Prato.

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