Lira vai apoiar Motta; Elmar fala em traição e implode o Centrão

  • 12 de setembro de 2024

Arthur Lira (PP-AL, foto) fechou questão e vai apoiar a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) na disputa pela Presidência da Câmara. O anúncio a líderes partidários em reunião realizada na tarde desta quarta-feira, 11.

Agora, a disputa pela sucessão de Lira já tem, oficialmente, três candidatos. Motta, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, e o líder do PSD, Antonio Brito. Apesar disso, Nascimento e Brito, como mostramos, firmaram um pacto de não agressão e de apoio mútuo na disputa pelo cargo de Lira.

Após Lira decidir apoiar Motta – cuja candidatura é apoiada pelo PP, Republicanos e por parte da bancada do PL -, Elmar teve uma reunião com o presidente Lula para pedir apoio do Palácio do Planalto na disputa.

Oficialmente Lula não quer se envolver na briga, mas incumbiu o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de tentar esvaziar a candidatura apoiada por Lira.

“Recebi do presidente a garantia de que ele não interferirá nas eleições da Câmara, o que demonstra sua liderança republicana e de respeito pelas instituições. Com humildade e determinação, seguirei empenhado nesta missão’, disse Nascimento pelas redes sociais.

Outro personagem que tem trabalhado contra Lira é o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB), conforme apurou este portal. Apesar disso, o líder do MDB, Isnaldo Bulhões, indicou que deve apoiar Motta. Seu amigo pessoal.

A reportagem apurou que Nascimento rompeu relações com Lira e falou que foi ‘traído’ pelo deputado alagoano. Lira ligou para Elmar, mas não foi atendido. O clima entre os dois é o pior possível, segundo Interlocutores de ambos.

Centrão rachado

Líderes do Centrão afirmaram que, ao anunciar que se retirava da corrida pela presidência da Câmara dos Deputados, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP) vendeu um consenso ao nome Motta que nunca existiu. Na prática, a candidatura do parlamentar paraibano pode, inclusive, implodir o que se convencionou chamar de “Centrão”.

De um lado estão Ciro Nogueira (PP), Valdemar Costa (PL) e Marcos Pereira – unindo siglas como União Brasil, PL, PP e Republicanos – um bloco com 186 deputados; do outro, como mostramos na manhã desta terça-feira, 10, estão os líderes do PSD, Antonio Brito, e do União Brasil, Elmar Nascimento.

Esse mega-bloco que pode reunir integrantes do União Brasil, MDB, PDT, PSD, PSB e PSDB/Cidadania e Avante. Algo em torno de 324 deputados – incluindo-se aí a federação Brasil da Esperança – PT, PcdoB e PV.

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