Boulos diz que conta com Lula e provoca Nunes sobre apoio de Bolsonaro

  • 7 de outubro de 2024

O candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) disse nesta segunda-feira, 7, que tem “o maior orgulho de contar com o apoio decidido do presidente Lula” na disputa que agora parte para o segundo turno. Segundo o deputado, ele terá uma ligação telefônica com o presidente ainda hoje para alinhar os próximos passos da campanha com o seu principal padrinho político.

Em seguida, o candidato provocou o adversário, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), sobre o apoio de Jair Bolsonaro. “Eu não sei se o meu adversário vai ostentar orgulhosamente o seu padrinho.” Nos últimos dias da campanha, o emedebista já vinha se valendo mais do apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) do que de Bolsonaro — no discurso após o resultado das urnas no domingo, 6, não agradeceu o ex-presidente.

Boulos concedeu uma entrevista coletiva ao lado de parlamentares do PT e do PSOL. Sua vice, a ex-prefeita Marta Suplicy, não estava presente. O deputado disse que Nunes vai apostar em uma estratégia de “medo” e “pânico moral” contra a sua candidatura e declarou que “São Paulo não pode mais ser governada por um ‘pau mandado’ do centrão”.

A fala do psolista coincide com a avaliação feita pelo entorno de Nunes de pautar o medo de uma vitória da esquerda na capital paulista como uma das principais estratégias da campanha para derrotar Boulos.

Pablo Marçal

Questionado sobre a transferência de votos dos candidatos derrotados no domingo, Boulos disse que espera angariar parte dos votos do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), com quem ficou quase empatado. “Uma parte (dos votos do adversário) é ideológica. Outra parte votou por um sentimento de mudança. Setenta por cento dos eleitores de São Paulo querem mudança”, disse o psolista, somando todos os votos que não foram para Nunes.

Ele comentou novamente o laudo falso apresentado pelo ex-coach no sábado, 5, que comprovaria que ele fez uso de cocaína, e disse que a estratégia usada por Marçal “não é boa para nenhum candidato”. Sua campanha apresentou uma representação eleitoral criminal por conta do episódio.

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