O ‘pecado’ do padre Fabrício – Por Heron Cid
- 31 de outubro de 2024
Primeiro a Diocese de Patos cancelou a Missa da Cura e Libertação, um evento que atraía milhares de pessoas ao coração da pequena Taperoá, no Cariri paraibano.
Depois, transfere o carismático padre Fabrício Timóteo – um apóstolo desse tempo – para a distante Paróquia de Santana dos Garrotes. E para ser vigário auxiliar. Na tradução clerical, um ajudante.
Por mais que o bispo apresente justificativas canônicas, é indisfarçável a sensação posta de que o padre está sendo punido, silenciado e invisibilizado. E não é nem de forma velada.
E qual pecado do padre?
Reunir multidões em oração e cruzada de libertação de doenças e vícios? Pregar a mensagem genuína de Cristo e aproximar pessoas do Evangelho vivo? Não seguir o ritual tradicional da missa?
Parece um exemplo clássico em que a religiosidade se impõe e trata como blasfêmia o que a Bíblia chama de boa nova. Em Mateus 23;13, Jesus alertava: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, porque fecham as portas do reino dos céus. Nem entram e nem deixam entrar”
Dois mil anos depois, o farasaísmo continua crucificando os que não se enquadram nos ditames dos “doutores da Lei” e aqueles cujas vestes, ao invés de luxo e sacralidade, tem a cor da poeira das ruas e o cheiro dos pecadores sedentos por resgate.
Nos tempos de hoje, o ‘padre’ Jesus de Nazaré também correria o sério risco de ser transferido e calado!
VITRINE DO CARIRI
Com MaisPB