Morre Quincy Jones, produtor musical de Michael Jackson e Frank Sinatra

  • 4 de novembro de 2024

Músico e produtor musical renomado, Quincy Jones morreu aos 91 anos no último domingo (3). De acordo com seu agente, Arnold Robinson, o artista estava na própria casa, em Los Angeles (EUA), e partiu pacificamente. Ele foi responsável por sucessos como o álbum Thriller (1982), de Michael Jackson (1958-2009), e já ganhou 28 prêmios Grammy.

A morte foi anunciada por familiares e confirmada pelo agente de Jones. “Hoje à noite, com o coração cheio, mas partido, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones. E embora esta seja uma perda incrível para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele”, afirmaram os parentes em comunicado enviado à imprensa internacional.

Nascido em Illinois, nos Estados Unidos, Quincy Jones descobriu sua vocação para a música logo cedo. Aos dez anos, iniciou uma amizade com Ray Charles (1930-2004), com quem formou uma dupla posteriormente para tocar em casamentos locais.

Sua carreira de mais de 50 anos na indústria musical não deixa dúvidas de que ele foi absolutamente lendário, marcado como uma das figuras mais versáteis do século 20.

Com o rei do pop, Jones manteve uma parceria de anos, que rendeu muitos frutos. Os três álbuns de Michael Jackson produzidos por ele foram premiados e vendidos a rodo, com músicas extremamente aclamadas. Ele também foi responsável por We Are The World, single que reuniu artistas de peso para angariar fundos para as vítimas da fome na Etiópia.

Jones também tem um pé no Brasil, e trabalhou com Milton Nascimento, Ivan Lins e Simone, que constantemente elogiava como “uma das maiores cantoras do mundo”.

A história do produtor também é marcada por ativismo negro. Com o apoio de Martin Luther King Jr. (1929-1968), ele fundou o Instituto para a Música Negra Americana (IBAM) e, junto ao cantor Bono, do U2, criou a Quincy Jones Listen Up Foundation.

Indicado a 79 Grammys, ele venceu 27 e ainda conquistou o título de Grammy Legends Award em 1991. Em 2024, ele também venceu o Oscar honorário. Na cerimônia, foi descrito como “gênio artístico e criatividade incansável [que] fizeram dele uma das figuras musicais mais influentes de todos os tempos”.

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