Lula pediu a inclusão de mais um ministério no pacote fiscal, diz Haddad

  • 12 de novembro de 2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 11, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para incluir mais um ministério, que não estava sendo cogitado até agora, no pacote de corte de gastos que o governo discute há mais de duas semanas. O petista não especificou qual pasta entrará na conta.

“As reuniões com ministros de Trabalho, Previdência, Desenvolvimento Social, Saúde, Educação, elas já se completaram. O presidente pediu para incluir um ministério nesse esforço, uma negociação que deve ser concluída até quarta-feira. Eu não vou adiantar, porque não sei se vai haver tempo hábil de incorporar o pedido dele. Mas acredito que vai haver boa vontade”, afirmou na saída do prédio do Ministério da Fazenda.

Haddad negou que houve algum tipo de enxugamento nas propostas e que o pacote a ser anunciado será bom para todos. “Houve ajustes incorporados ao pacote de gastos, mas não chamaria de desidratação. Queremos crescer com baixa inflação e crescimento dos salários. Estamos muito seguros em relação ao que estamos fazendo. É para o bem dos trabalhadores, controlar a inflação. Manter a atividade econômica é parte do nosso trabalho, é equilíbrio entre variáveis importantes para todos os brasileiros. É manter a sustentabilidade da economia brasileira“, ressaltou o ministro, sem dar mais detalhes sobre as medidas.

“É aquela diretriz que nós anunciamos desde o começo desse processo, de fortalecer o arcabouço fiscal. Trazer para dentro do arcabouço aquilo que eventualmente não estiver se comportando como esperamos, para consolidar essa transição de um regime de déficit elevado e baixo crescimento para um regime equilíbrio fiscal com crescimento sustentável”, acrescentou.

Lula deve voltar a se reunir com a área econômica do governo nesta terça. A ideia é costurar a melhor forma de enviar os projetos para o Congresso. O presidente e o chefe da área econômica esperam apresentar antecipadamente as medidas aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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