Justiça de Portugal condena mulher que cometeu racismo contra filhos de Gagliasso
- 15 de novembro de 2024
A Justiça de Portugal condenou Adélia Barros, mulher que proferiu xingamentos racistas contra Títi e Bless, filhos de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. Em 2022, as crianças foram hostilizadas pela portuguesa em um restaurante. A mulher foi condenada a oito meses de prisão e cumprirá a pena em liberdade, contanto que não cometa o crime novamente por quatro anos.
Segundo o jornal portugês Público, Adélia Barros inicialmente pagaria apenas uma indenização por danos morais e ajudaria instituições de caridade que combatem o racismo. No entanto, o Ministério Público pediu a pena de prisão por julgar que somente a multa não seria o suficiente para punir o comportamento dela.
O MP de Portugual argumentou ainda que a ameaça de pena de prisão poderia servir de dissuasão à repetição das atitudes de Adélia. O juiz do caso fixou a indenização em 14 mil euros (cerca de R$ 85 mil na cotação atual).
O valor é pouco menos do que a metade pedida no processo (35 mil euros). Adélia terá que pagar também 2.500 euros (aproximadamente R$ 15 mil) para a instituição SOS Racismo e se submeter a uma internação para tratamento contra o alcoolismo.
Relembre o caso
Em 30 de julho de 2022, os filhos do casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso foram vítimas de racismo no restaurante Clássico Beach Club, na Costa da Caparica, em Portugal, onde passavam as férias.
Adélia estava no restaurante quando xingou não só Títi e Bless, mas também uma família de turistas angolanos que estavam no local. A portuguesa pediu que eles saíssem do restaurante e “voltassem para a África”, além de chamá-los chamou de “pretos imundos”. O momento foi gravado e publicado nas redes sociais.
Giovanna Ewbank reagiu e enfrentou a mulher, enquanto Bruno Gagliasso, seu marido, chamou a polícia. Adélia foi levada escoltada e presa. Eles prestaram uma queixa formal pela atitude racista na delegacia portuguesa.