Ana Hickmann é proibida pela Justiça de vender mansão em que morou com o ex
- 22 de novembro de 2024
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu o pedido de tutela de urgência cautelar feito por Alexandre Correa para impedir a venda da mansão em que ele morou com a ex-mulher, Ana Hickmann, em Itu (SP). A residência, que também pertence ao empresário, havia sido anunciada por um perfil imobiliário em agosto, mas Correa alegou não ter ciência da comercialização. A defesa da apresentadora estuda se vai recorrer.
A reportagem teve acesso à decisão assinada pela juíza Renata Cristina Rosa da Costa Silva, da Vara de Família e Sucessões de Itu. No documento, ela argumentou que Correa e Ana ainda não chegaram a uma conclusão sobre a divisão de “bens, direitos e dívidas comuns”. De acordo com a juíza, a venda é “precipitada” e apresenta um “risco de dilapidação”.
“Com a possibilidade de esvaziamento de patrimônio comum, frustração da partilha e pagamento da meação do réu, representando evidente perigo de dano que deve ser evitado, a indisponibilidade dos imóveis mostra-se adequada, proporcional e suficiente para os fins pretendidos”, decretou ela.
A casa de Itu serviu de moradia ao ex-casal até novembro do ano passado, quando os dois se separaram após Alexandre Correa ser acusado pela apresentadora de violência doméstica. A mansão avaliada em R$ 40 milhões apareceu disponível para venda no perfil da imobiliária House 2 Biz.
A defesa do empresário afirmou à Justiça que a casa é objeto da ação de divórcio deles, assim como “bens valiosos” que estariam dentro da residência. Sua venda, portanto, ocasionaria um problema na divisão dos recursos que estão em jogo. Além disso, os dois também compartilham dívidas.
À reportagem, Alexandre Correa havia se mostrado surpreso com a notícia da venda. Nove dias depois do anúncio, ele soube que Ana tinha colocado a casa no mercado através de notificações na internet. “Tomei ciência da venda da casa pela imprensa, não fui comunicado de nada”, se queixou o pai de Alexandre Hickmann Correa, o Alezinho.
“Nem [perguntaram] se eu estava de acordo, nem contra, nada. Fui apenas informado que a casa está à venda por R$ 40 milhões. Para mim, até onde me cabe esse tipo de absurdo que eu vivo, é mais um capítulo de desrespeito, uma atitude soberba”, acrescentou ele.
Outro lado
A defesa de Ana Hickmann pontuou que a apresentadora do Hoje em Dia se surpreendeu com a notícia da decisão de indisponibilização dos bens imóveis. Segundo os advogados da comunicadora, os defensores de Alexandre Correa chegaram a indicar na terça (19) um profissional para fazer a venda da casa.
Leia abaixo o posicionamento enviado à reportagem:
“O imóvel de Itu foi anunciado ao mercado, principalmente, para tentar sanar as dívidas contraídas por Alexandre Bello Correa, enquanto era administrador das empresas do casal, conforme Ana Hickmann informou à Justiça. A decisão de indisponibilização dos bens imóveis para venda era absolutamente desnecessária, uma vez que qualquer alienação depende da concordância de credores e da assinatura de Alexandre. Decorre de lei.
Eram casados pelo regime da comunhão parcial de bens, os imóveis estão registrados e foram adquiridos durante o casamento. O pedido de Alexandre, portanto, é um tiro no pé, uma vez que sem a venda dos ativos imobiliários, o risco de perdimento do patrimônio é grande. A defesa de Ana ainda estuda se irá recorrer.
Ana Hickmann está surpresa com a notícia, já que na última terça-feira (19), recebeu, por meio da advogada de Alexandre Correa, a indicação de Luiz de Oliveira Neto para trabalhar por ele a venda da casa. Tal ação demonstra a falta de seriedade dos requerimentos que Alexandre faz na Justiça.”