Empresa é condenada por espionar 1,4 mil usuários do WhatsApp
- 22 de dezembro de 2024
A Justiça dos Estados Unidos condenou, na última sexta-feira (20), a empresa israelense NSO Group por explorar uma brecha no WhatsApp para instalar um programa espião nos celulares dos usuários.
O processo contra a empresa foi aberto em 2019 pela Meta (na época chamada de Facebook), dona do WhatsApp. Ela acusou a NSO de invadir seus servidores sem autorização para instalar o programa espião Pegasus e monitorar 1.400 pessoas ilegalmente.
Segundo o WhatsApp, o Pegasus era instalado nos celulares das vítimas por meio do códigos maliciosos que a NSO enviou entre abril e maio de 2019 usando uma vulnerabilidade no recebimento de chamadas de vídeo do aplicativo.
A vítima não precisaria sequer atender a ligação para que o ataque fosse concluído.
A falha foi corrigida em maio, quando o WhatsApp divulgou um alerta orientando que seus usuários atualizassem o app.
Em 2021, jornais do Reino Unido e dos EUA revelaram a existência de uma lista de 50 mil números que teriam sido alvos em potencial do Pegasus.
Eles pertenciam a jornalistas, ativistas de direitos humanos e dissidentes. Líderes de Estado, como o presidente da França, Emmanuel Macron, também apareciam na relação de possíveis vítimas.