Lula promete negociar e cobra ministros por apoio no Congresso
- 7 de janeiro de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a aliados que atuará pela aprovação de pautas do governo no Congresso Nacional em 2025.
A decisão surge após críticas de partidos aliados sobre dificuldades com a articulação política do governo no Palácio do Planalto e no próprio Congresso durante a aprovação do pacote fiscal elaborado pelo Ministério da Fazenda.
A ideia, no entanto, é vista com ressalvas por nomes próximos ao presidente. Para auxiliares, Lula deveria delegar mais à articulação política do Planalto, especialmente ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, alvo permanente de reclamações de congressistas.
Aliados do presidente reclamam que Rui pouco ajudou com parlamentares para viabilizar a votação do plano de corte de gastos.
Por outro lado, ao assumir a articulação, Lula enfraqueceria Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, que enfrentou dificuldades de atuação após ser declarado desafeto do presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL).
Reunião ministerial
Para a segunda quinzena de janeiro, o presidente programa uma nova reunião ministerial, quando deverá pedir à equipe que atue junto aos respectivos partidos pela melhora na aprovação da agenda do governo no Congresso.
Na última reunião, em dezembro, em clima de confraternização, Lula não exigiu balanço nem entrou em detalhes sobre as pretensões do governo neste ano.
O presidente aproveitou para sinalizar ao mercado, prometeu evitar conflitos e chamou a atenção ao cobrar a ministra da Saúde, Nísia Trindade, sobre a entrega do programa “Mais Acesso a Especialistas”, que amplia oferta de consultas, exames e cirurgias na rede pública.
Desta vez, o foco da reunião deverá ser a agenda econômica do governo no próximo biênio. O Ministério da Fazenda ainda finaliza a proposta sobre a reforma da renda. Uma das prioridades do governo, a medida só chegará ao Parlamento após as eleições do Legislativo.
