Luciano Huck vê candidatura à presidência no seu destino: ‘Não saí do debate’
- 22 de junho de 2023
Há anos, Luciano Huck deixa clara sua vontade de se candidatar à presidência do Brasil. Em 2022, ele desistiu da carreira política ao ser pressionado pela Globo a assumir o comando do Domingão após a saída de Fausto Silva da emissora. Mas o apresentador não descartou completamente a possibilidade de mudar de área: “Isso é destino. Então, o que eu sei é que não saí do debate”.
Em entrevista ao Podpah na quarta (21), Huck afirmou que ainda se mantém no debate e levanta questões sobre desigualdade social no Brasil constantemente. Questionado se pretende se candidatar ao cargo de presidente nas eleições de 2026, o apresentador confirmou nas entrelinhas que não deixou de lado seu desejo.
“Eu não tenho medo disso, não, do fundo do meu coração, mas eu não tenho essa vaidade. Não tenho essa vaidade. Todo mundo que quis na vida, nunca foi. Isso é destino. Então, o que eu sei é que não saí do debate. A fumaça não volta para dentro da garrafa, entendeu?”, explicou ele.
“Eu quero, quando a gente sentar aqui de novo, daqui 20 anos, a gente viva num país mais justo. Então, eu acho que a gente tem que formar novas liderança, debater as ideias que, de fato, resolvam o nosso problema”, acrescentou.
Ele ainda comentou a evidente intensificação da polarização estabelecida no Brasil na batalha entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última eleição. “Não adianta a gente ficar com uma direita intransigente, e eu não acho que a esquerda no Brasil seja uma esquerda radical, uma esquerda atrasada”, complementou.
Luciano Huck analisou que a divisão criada no país fez com que a intolerância se disseminasse ainda mais. “Antes desse país dividido e polarizado, por pensar diferente você não era inimigo. Hoje em dia quem vai me criticar que eu estou aqui é o cara que não vota no cara que eu votei.”
“Beleza a gente debater porque, se a gente deixar a coisa dividida, vai ser sempre um lado ou outro, a gente não vai trocar ideia. A gente perdeu a capacidade de ouvir. A internet dá voz para todos os idiotas possíveis. A gente tem que voltar a ter a capacidade de dialogar, de ouvir, de despressurizar o sistema do ódio, a aprender o ouvir, a voltar a discordar”, pontuou ele.