Moro quer audiência com líder da oposição a Maduro para falar sobre violações
- 30 de maio de 2023
O senador Sergio Moro (União-PR) apresentou um requerimento à Comissão de Relações Exteriores do Senado para ouvir Maria Corina Machado, coordenadora nacional da Frente Venezuelana e líder da oposição ao ditador Nicolás Maduro. O requerimento foi protocolado em 2 de maio, e nesta terça-feira, 30, Moro fez uma publicação no Twitter, informando sobre o convite.
Requeremos a realização de audiência de Maria Corina Machado, candidata à presidente na Venezuela e opositora do ditador Maduro, para expor sobre as violações a direitos humanos naquele país e acabar com as falsas narrativas, escreveu, ao compartilhar o requerimento.
Moro foi um dos parlamentares que criticaram com veemência a vinda de Maduro ao Brasil e a recepção calorosa dispensada pelo presidente Lula ao ditador. Maduro não foi recebido pelo Lula; ele foi, sem qualquer pudor, elogiado e festejado pelo atual Presidente. O Brasil se meteu em uma grande enrascada, escreveu em outra postagem, feita na segunda-feira 29.
No requerimento, o senador cita relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), publicado em setembro de 2022, sobre a perseguição do governo de Maduro aos opositores e a possível prática de crimes contra a humanidade. Nesse contexto, o Senado não pode se furtar a ouvir e debater esse tema de relevante importância para América Latina. É papel da nossa nação, forjada na democracia e na defesa das liberdades individuais, promover e garantir os instrumentos necessários para consolidação desses valores, justificou Moro.
O requerimento ainda não foi votado na Comissão.
Líder da oposição, Maria Corina Machado é fundadora e coordenadora nacional da Frente Venezuelana, que congrega a oposição a Maduro. Foi deputada entre 2011 e 2014 e teve o mandato cassado de forma arbitrária pela presidência da Assembleia Nacional. Junto com outros integrantes da oposição venezuelana, foi acusada de conspiração por participar do movimento que levou à condenação do governo de Hugo Chávez por grupos de defesa dos direitos humanos.