Chuvas deixam onze pessoas mortas no estado do Rio

  • 14 de janeiro de 2024

Subiu para onze o número de pessoas mortas na noite de sábado, 13, e na madrugada deste domingo, com as fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro. Em 24 horas, os Bombeiros já registraram mais de 200 ocorrências, enquanto o governo do estado e a prefeitura da capital carioca se mobilizam para monitorar os riscos e evitar novos danos. As vítimas tiveram seus corpos encontrados na Zona Norte do Rio e na Baixada Fluminense. Outra pessoa segue desaparecida, após a queda de um veículo em um rio. As autoridades seguem fazendo buscas nas regiões mais afetadas.

Dentre as mortes confirmadas, um homem foi vítima de um deslizamento de terra no bairro de Ricardo de Albuquerque, já na madrugada deste domingo. Em Acari, uma mulher foi encontrada sem vida e os bombeiros apontam afogamento como o motivo da morte. E no Morro da Pedreira, em Costa Barros, uma mulher foi vítima de soterramento. Na capital, foi decretado pela prefeitura estado de emergência. Já em Nova Iguaçu, uma mulher e dois homens morreram afogados e, em São João de Meriti, um homem foi vítima de descarga elétrica, enquanto outro foi vítima de afogamento. Na cidade de Niterói, vizinha à capital, o estágio é de alerta máximo. Lá, foi registrado o recorde histórico de chuvas em uma hora. Também houve confirmação de um óbito de um homem na cidade de Belford Roxo. E outras duas pessoas foram vítimas de descarga elétrica em Duque de Caxias.

Nas redes sociais, o governador Cláudio Castro e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, têm orientado a população. Segundo o governo do Rio, serão disponibilizados caminhões e retroescavadeiras para auxiliar nos locais mais afetados, e já estão montados pontos de apoio para assistência aos desabrigados. Como Castro está de férias, quem tem atuado presencialmente no estado é Thiago Pampolha, seu vice e, neste momento, governador em exercício. O estado solicitou o apoio do Ministério das Cidades para auxiliar nas obras emergenciais de grande porte, como o Rio Botas, que passa pelos municípios de Belford Roxo e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e o Rio Pavuna, na capital.

De acordo com o Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ), o risco hidrológico segue alto ou muito alto na capital, nas Regiões Metropolitana, Serrana, Sul, Noroeste, Costa Verde e na Baixada Fluminense, com propensão a alagamentos e inundações. O panorama deste domingo é de céu nublado a encoberto com pancadas isoladas de chuva moderada a ocasionalmente forte.

Em seu perfil, o governador prestou sua solidariedade aos familiares das vítimas. “É com grande tristeza que expresso minha solidariedade às famílias e amigos dos sete cidadãos que perderam suas vidas devido às fortes chuvas em nosso estado do Rio de Janeiro. Minhas condolências a todos que enfrentam este momento de dor”, escreveu.

A prefeitura, por sua vez, montou um centro de crise na Pavuna, bairro da Zona Norte que fica próximo a locais muito atingidos, como Acari. As chuvas chegaram a interditar uma das principais vias expressas da cidade, a Avenida Brasil, que liga o Centro às zonas Norte e Oeste. E afetou o funcionamento de estabelecimentos, como o Hospital de Acari, que recentemente teve a energia restabelecida nas suas principais áreas.

Segundo o prefeito Eduardo Paes, em um dos bairros da Zona Norte, região mais atingida, foram quase 300 milímetros de chuva em 24 horas. Ele também agradeceu, nas redes sociais, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que se solidarizou com as vítimas das chuvas no estado.

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