Liga Forte Futebol tem proposta de R$ 4.85 bilhões de gestora americana; entenda

  • 31 de janeiro de 2023

A proposta aprovada pela Liga Forte Futebol em dezembro de 2022 teve detalhes revelados nesta segunda-feira. A gestora americana Serengeti oferece cerca de R$ 4,85 bilhões para se tornar sócia da potencial liga de clubes do futebol brasileiro e tem prioridade nas negociações. A informação é do portal “ge”, que teve acesso à prévia do contrato.

A negociação entre as partes prevê a formatação da liga como uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), da qual fariam parte os clubes. Caso a oferta de investimento seja aceita, os dirigentes venderiam uma participação de 20% sobre o negócio para a Serengeti. A empresa, então, se tornaria sócia na gestão do futebol.

A proposta rivaliza com os US$ 900 milhões oferecidos pelo Mubadala Capital por um percentual entre 10% e 20% da Liga do Futebol Brasileiro (Libra).

Em dezembro, o prazo estipulado pela LFF para conclusão das tratativas era de até 90 dias – ou seja, até o fim de março. Neste período, mesmo com a aprovação da proposta inicial da Serengeti, o grupo de clubes tem liberdade de analisar e seguir negociação com outros interessados no caso de ofertas superiores.

Como seria o investimento da Serengeti?

A gestora americana promete o pagamento dos R$ 4,85 bilhões em três parcelas: R$ 2,4 bilhões no momento da assinatura da sociedade, R$ 1,2 bilhão após 12 meses e outro e R$ 1,2 bilhão após 18 meses. Vale destacar que esses termos serão válidos apenas se a liga de clubes tiver, no mínimo, 36 representantes no Campeonato Brasileiro e na Série B em 2023.

Caso a adesão seja menor e ficar entre 22 e 35 clubes, o valor do aporte será reduzido para R$ 2,18 bilhões por 20% da liga. Os dirigentes têm até 30 de abril deste ano para decidir quantos e quais clubes fariam parte da liga, a fim de definir a quantia.

Além do aporte bilionário a ser dividido entre os clubes, a Serengeti estuda depositar R$ 350 mil para cada integrante do Forte Futebol como um “gesto de boa vontade”. Este repasse só ocorrerá se pelo menos 22 clubes aceitarem os termos. Caso a liga não seja concretizada, o dinheiro precisará ser devolvido à empresa.

Como seria a administração da Liga?

A sociedade entre clubes e Serengeti concentraria todos os direitos de transmissão e teria um departamento comercial para comercializá-los.

A expectativa é que a administração tenha diretoria formada por cinco pessoas. A Serengeti seria responsável por apontar dois nomes, incluindo o presidente. Outros dois diretores seriam indicados pelos clubes. O quinto membro deveria ser independente.

O retorno financeiro aos clubes e investidora viria pela distribuição de lucros. O valor total arrecadado pela venda dos direitos de transmissão seria a base do cálculo. Após subtrair custos de administração e impostos, o montante restante seria distribuído de acordo com o percentual sobre a Liga.

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