Céline Dion fala sobre Síndrome da Pessoa Rígida e se algum dia conseguirá sair em turnê novamente

  • 22 de abril de 2024

Céline Dion deu uma rara entrevista à Vogue francesa, na qual falou sobre como está lidando com a Síndrome da Pessoa Rígida, e como anda o tratamento da doença, um distúrbio neurológico, raro e incurável, que se caracteria pela rigidez dos músculos e espasmos involuntários que são dolorosos.

A cantora canadense revelou o diagnóstico em dezembro de 2022. Na ocasião, Céline gravou um vídeo emocionada, informando também que precisaria cancelar seus shows e turnê e focar apenas no tratamento.

À Vogue da França, a artista explicou que “está bem”, mas que o tratamento exige bastante trabalho e que esta vivendo “um dia após o outro”.

“Não venci a doença, pois ela ainda está dentro de mim e sempre estará. Espero que encontremos um milagre, uma forma de curá-la com pesquisas científicas, mas por enquanto tenho que aprender a conviver com isso. Então sou eu, agora com Síndrome da Pessoa Rígida”, disse Céline.

“Cinco dias por semana faço terapia atlética, física e vocal. Trabalho os dedos dos pés, os joelhos, as panturrilhas, os dedos, o canto, a voz… Tenho que aprender a conviver com isso agora e parar de me questionar. No início, eu me perguntava: por que eu? Como isso aconteceu? O que eu fiz? Isso é minha culpa? A vida não lhe dá respostas. Você apenas tem que viver isso!”, continuou a cantora.

“Eu tenho essa doença por algum motivo desconhecido. A meu ver, tenho duas escolhas. Ou treino como um atleta e trabalho muito, ou desligo e acabou, fico em casa, ouço minhas músicas, fico na frente do espelho e canto para mim mesma. Optei por trabalhar de corpo e alma, da cabeça aos pés, com uma equipe médica. Eu quero ser a melhor que posso ser. Meu objetivo é ver a Torre Eiffel novamente!”, acrescentou.

Na conversa, a artista canadense também falou sobre as possibilidades de voltar a excursionar com seus shows. “Não posso responder a isso… Porque há quatro anos venho dizendo a mim mesma que não vou voltar, que estou pronta, que não estou pronta… Do jeito que as coisas estão, não posso dizer para você: ‘Sim, em quatro meses’. Não sei… Meu corpo vai me dizer. Por outro lado, não quero apenas esperar. É moralmente difícil viver dia após dia. É difícil, estou trabalhando muito e amanhã será ainda mais difícil. Amanhã é outro dia. Mas há uma coisa que nunca vai acabar: é a vontade. É a paixão. É o sonho. É a determinação.”

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