Presidente do Palmeiras, Leila Pereira recebe convite e irá comparecer à CPI do Senado

  • 26 de abril de 2024

Leila Pereira recebeu o convite oficial e comparecerá às 11h do dia 22 de maio na CPI do Senado, criada para investigar suspeitas de manipulação de jogos no futebol brasileiro.

Um dos primeiros atos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aliás, havia sido a aprovação de requerimentos para convidar a presidente do Palmeiras e também o dono da SAF do Botafogo, John Textor, para prestarem depoimentos como testemunhas.

Textor prestou depoimento ainda nesta semana após constantes declarações com acusações – sem apresentar provas – sobre manipulação de jogos. O dono da SAF do Botafogo afirmou que “tem provas de que o Palmeiras vem sendo beneficiado por dois anos” e acusou cinco jogadores do São Paulo de terem manipulado a goleada sofrida para o Alviverde no Brasileirão do ano passado.

Por conta das declarações, o Palmeiras acionou Textor na Justiça Comum e solicitou a abertura de inquérito exigindo a apresentação de provas. A presidente do Verdão, por mais de uma vez, tem feito críticas à postura do dirigente.

– Textor está achando que o Brasil é uma bagunça, que as autoridades não tomam providência. Esse homem tem que ser banido do futebol brasileiro. Como posso ficar elucubrando sem provas? Isso é irresponsabilidade – disse, durante o Roda Viva na TV Cultura.

– Eu acho que ele ficou louco por causa disso. Tudo começou no 4 a 3 do Palmeiras, pode ter certeza, ele não esquece disso.

Nesta semana, o dirigente esteve em Brasília e apresentou os documentos que menciona ter como provas, em uma reunião fechada entre membros da CPI. Ele se baseia em relatórios da empresa francesa “Good Game!” e mostrou vídeos alegando possíveis movimentações estranhas de lances suspeitos. Essas documentações não estão públicas até o momento.

A CPI do Senado

O Senado instalou no início de abril a Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigar denúncias de fraude envolvendo jogadores, dirigentes esportivos e empresas de apostas.

A criação da CPI veio depois de um levantamento divulgado pela SportRadar, empresa especializada em monitoramento de partidas e parceira da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que apontou suspeitas de fraudes em resultados de 109 partidas realizadas no Brasil em 2023.

O colegiado tem até 180 dias para concluir os trabalhos, com possibilidade de prorrogação por 90 dias. Ao fim desse período, é elaborado um relatório com as conclusões da CPI, que pode ser enviado ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, a fim de que promovam a responsabilidade civil e criminal dos infratores ou adotem outras medidas legais.

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