Zubeldía reclama de desvantagem do São Paulo na preparação e torce por acerto com Thiago Mendes

  • 16 de junho de 2024

Luis Zubeldía foi firme em sua insatisfação em relação ao calendário do Brasileirão depois do empate por 2 a 2 contra o Corinthians, na Neo Química Arena, pela nona rodada do Brasileirão.

O técnico não gostou do fato de o Corinthians ter feito seu último jogo na terça-feira, dia 11, contra o Atlético-GO, e o São Paulo ter entrado em campo dois dias depois, contra o Internacional, no dia 13. Para ele, a CBF precisa dar igualdade de condições de preparação antes dos clássicos estaduais.

– Não gosto de jogar o clássico com vantagem, eles tiveram dois dias a mais de recuperação, a organização quando se trata de clássicos tem de contemplar que os dois tenham o mesmos dias de preparação. Um clássico representa muito. Não gosto disso. Os jogadores foram bem, estivemos duas vezes em vantagem, ficamos alguns minutos com um homem a mais, quando se jogou pouco, mas num clássico tem de chegar os dois times com os mesmos dias de preparação. Somos o São Paulo, não podemos permitir. Isso é para quem organiza. Um jogo normal, tudo bem, mas num clássico, não. Depois damos a cara para o nosso torcedor, o jogo representa muito (…) É um tipo de vantagem que não acho justa – desabafou.

– Dito isso, quero felicitar meus jogadores. Viemos como visitantes, ficamos duas vezes à frente do placar, com chances claras, é valorizar o ponto. Mas podíamos ter levado os três, claramente.

O Corinthians teve Caetano expulso aos 30 minutos do segundo tempo. O Tricolor, então, teve um homem a mais por cerca de 20 minutos, mas o técnico disse entender que houve pouco jogo na reta final por conta das substituições e por decisões da arbitragem.

– Não se jogou mais, tiveram alguns lesionados, o árbitro manejando as situações, é difícil aproveitar o homem a mais. Tivemos situações como a do Michel Araújo. E era preciso ter cabeça fria, numa bola parada eles podiam ter a oportunidade. Tivemos dois jogos fora (contra Inter e Corinthians) e a equipe se fez presente – analisou.

O técnico falou sobre a presença de Thiago Mendes no estádio. O jogador, que na véspera visitou o CT da Barra Funda e manifestou o desejo de voltar ao São Paulo, pode em breve ser reforço tricolor:

– Falei com Thiago Mendes. É um jogador que pode nos aportar ao plantel. Não é um plantel muito grande. Sofremos a lesão do Pablo Maia, conseguimos repor com o rendimento alto de Alisson, de Luiz Gustavo, com Galoppo ou Bobadilla. Seria para incorporar um jogador na zona média, que é muito importante no esquema de jogo. Tomara que dê certo – disse o treinador.

Perguntado se ele vê esse time com chance de brigar por títulos, Zubeldía demonstrou otimismo:

– Passo a passo, jogo a jogo. O futebol brasileiro é muito competitivo, tem calendário apertado. Ontem o Bragantino ganhou com um homem a menos, hoje o Flamengo empatou com um grande rival (Athletico), o Fortaleza estava para o Cuiabá, o Internacional perdeu para o Vitória. Todos perdem pontos, creio que a medida que avançamos com esse ritmo de jogo, com concentração, intensidade, podemos chamar muitos pontos para quem sabe no mês de outubro, se estivermos bem na tabela, pensar nisso. Que a gente siga crescendo e que as incorporações, mesmo que não sejam muitas, sejam de qualidade – disse ele, abrindo chance para a chegada de reforços.

Veja mais trechos da coletiva:

Situação de Alan Franco

– Alan estava com um incômodo muscular importante, se jogasse poderia aparecer uma lesão mais complicada, então as lesões musculares você precisa dar tempo, ficou no banco para levar o terceiro amarelo. Vai ter um par de partidas para se recuperar.

Força do elenco

– Estamos bem como equipe. O mais importante é ter bons jogadores, se não tem craques, que tenha bons jogadores, inteligentes. Falo muito com os jogadores, podemos fazer coisas muito importantes. O Brasileirão é largo, termina à frente quem trabalha como equipe. Se esse é o caminho, sinto que vamos bem, com os pés na terra. Merecíamos ganhar, agora temos um jogo em casa (Cuiabá).

Sobre clássico com só uma torcida

– Falo de clássico pelo fator emocional de fazer as coisas para o nosso torcedor, com nossa equipe, com que estávamos vivendo de visitante. Sinceramente, não me chamou a atenção (a torcida rival). Estou muito seguro com minha equipe, temos coisas a melhorar, mas ela me dá segurança, é uma equipe que por alguns momentos joga um bom futebol e que quando não ganhamos pensamos que podíamos ter ganhado. Não pelo o que se passa fora, se cantaram ou não os torcedores, eu não sei.

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