Lula aplaudirá banho de sangue prometido por Maduro, diz Mourão
- 21 de julho de 2024
O senador Hamilton Mourão (foto) afirmou no sábado, 20 de julho, que Lula “com certeza” irá aplaudir o “banho de sangue” prometido pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro.
“Se existe uma ditadura em algum lugar, pode ter certeza de que Lula estará apoiando”, escreveu Mourão no X.
Na semana passada, Maduro afirmou que a Venezuela pode ter um “banho de sangue” caso ele perca a farsa eleitoral em 28 de julho.
“O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, disse o ditador em comício na quarta-feira, 17.
O governo Lula, cuja política externa é submetida ao hoje assessor especial Celso Amorim, ignora o autoritarismo de Maduro.
Questionado sobre a declaração do “banho de sangue” em entrevista à GloboNews, na sexta, Amorim disse que não acredita que vá haver banho de sangue. Segundo ele, “não é desejável esse tipo de declaração, mas eu não acredito que ela se materialize. E também, ele não colocou como um banho de sangue imediato….”, afirmou o ex-chanceler.
Não vou justificar, não, que eu acho que realmente é errado. Não se fala em sangue na época da eleição. Na eleição, você fala em voto, e não fala em sangue.”
Outros países mostram ao Brasil como lidar com Maduro
A Argentina e outros quatro países latinoamericanos publicaram uma declaração conjunta em crítica ao avanço da perseguição do regime de Nicolás Maduro à oposição a pouco mais de uma semana das “eleições” presidenciais na Venezuela.
O texto é co-assinado pelos governos de Uruguai, Paraguai, Costa Rica e Guatemala.
“Os Governos da Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai e Uruguai, em relação ao processo eleitoral na República Bolivariana da Venezuela e às eleições presidenciais marcadas para o próximo dia 28 de julho, têm acompanhado com preocupação o assédio e a perseguição contra líderes e apoiadores da oposição venezuelana, bem como contra membros da sociedade civil, incluindo a detenção arbitrária de numerosas figuras relacionadas com a oposição, o que ameaça a realização de um processo eleitoral legítimo“, diz a declaração.
Os cinco países democráticos a divulgaram um dia após a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado — que foi barrada de se candidatar e teve diversos integrantes de campanha detidos e sequestrados — anunciar que ela e sua equipe sofreram um atentado em Barquisimeto, estado de Lara, após dois dos veículos em que viajavam terem sido vandalizados.