Secretaria de Estado da Saúde realiza seminário sobre Febre Oropouche na Paraíba

  • 29 de agosto de 2024

rentar a arbovirose na Paraíba”. O evento, que teve como objetivo capacitar profissionais que atuam no enfrentamento das arboviroses, aconteceu durante todo o dia, no Littoral Hotel, e contou com o apoio do Ministério da Saúde, do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e reuniu técnicos de saúde da Paraíba, Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

De acordo com a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, com a troca de experiências oportunizadas no seminário será possível fortalecer o combate ao vírus oropouche, assim como entender o ciclo do mosquito maruim – principal transmissor da Febre Oropouche, potencializar a assistência junto à rede materno-infantil e aperfeiçoar as notificações e coletas de amostras para a identificação do vetor.

“A Febre Oropouche é um agravo novo no nosso estado e no Nordeste, porém, já é bem conhecido na região Norte. Por isso, é tão importante entendermos toda essa dinâmica de algo que não é novo, mas que tem um grande potencial de contribuir com uma má formação congênita, por exemplo, já que há a possibilidade da transmissão ocorrer também da mãe para o bebê durante a gestação. Então, é a partir desse diálogo que poderemos, de fato, construir medidas e realizar um trabalho mais assertivo na prevenção e combate dessa arbovirose aqui na Paraíba”, explicou.

O coordenador substituto de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde, Daniel Garkauskas Ramos, reforçou que o encontro possibilita a discussão de temas como o cenário epidemiológico da Febre do Oropouche no Brasil e na Paraíba; manejo clínico, abordagem assistencial e tratamento; além das ações de enfrentamento das vigilâncias ambiental, laboratorial e de óbitos.

“O Ministério da Saúde monitora diariamente o cenário das arboviroses nos territórios de todo o país. Nós temos o Comitê de Operação de Emergências, o COE, que trabalha ininterruptamente, desde 2014, acompanhando a dengue, zika, febre amarela e outras arboviroses. Com esse encontro, a gente espera aprender a lidar melhor com os desafios para o controle dessa doença de forma integrada, principalmente porque o Brasil é um berço de diversidade de arbovírus, isso nos coloca em uma posição bastante complexa. Portanto, precisamos enfrentar o problema de forma a garantir a segurança e saúde de toda a população”, frisou.

Além do seminário, a SES tem executado ações de investigação, identificando áreas mais propícias à proliferação do maruim, onde foram instaladas armadilhas para captura e análise de mosquitos. Também está sendo reforçada a conscientização da população, principalmente das gestantes, sobre os cuidados que devem ser tomados para a prevenção da Febre Oropouche.

As principais medidas de proteção são: evitar áreas onde há muitos insetos (maruins e mosquitos); usar telas de malha fina em portas e janelas; usar roupas que cubram a maior parte do corpo; aplicar repelente nas áreas onde a pele está mais exposta; limpar terrenos, locais de criação de animais e recolher folhas e frutos que caem no solo; evitar locais com casos confirmados.

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