Alisson cita falta de tempo para treinamentos e vê “troca de geração” em protagonismo da Seleção

  • 11 de setembro de 2024

Titular nas últimas duas Copas do Mundo, Alisson é um dos jogadores mais experientes da seleção brasileira. Após a derrota para o Paraguai por 1 a 0, em Assunção, nesta terça-feira, o goleiro afirmou que o Brasil passa por uma “troca de geração” no protagonismo da equipe, e que este processo não é fácil.

Alisson disse que a falta de tempo para treinamentos dificulta ainda mais esse processo para a seleção brasileira, que em 2024 iniciou um trabalho do zero com um novo técnico.

— Eu acho que é o processo. Acho que muitos jogadores aqui dos mais experientes viveram um processo aqui dentro da Seleção e, hoje, tem uma grande troca de geração, mesmo os jovens que já têm experiência com a Copa do Mundo e tudo mais, mas agora assumindo um protagonismo, assumindo uma posição de titular aqui dentro da Seleção. Isso realmente não é fácil.

— Nós temos um novo treinador, que nós não temos nem um ano no comando, e para se criar uma equipe demanda tempo, ainda mais aqui na Seleção. A gente vem, fica dez dias aqui, não tem muito tempo a treinar, isso sempre soa como desculpa, mas é a realidade. Isso é um fato e cada jogo tem uma história.

Mesmo com a falta de tempo e entrosamento, Alisson afirmou que a Seleção poderia ter jogado “muito melhor” contra o Paraguai. O goleiro do Brasil afirmou que os jogadores precisam criar uma maneira de elevar o nível das atuações e conquistar os resultados.

— É difícil nesse momento, onde a gente está na tabela, mas temos que criar aqui dentro uma maneira de conseguir encontrar boa performance e traduzir isso em bons resultados também. Não é só melhorar o nosso jogo, mas é ter convicção no trabalho e buscar as vitórias. A gente poderia ter feito muito melhor hoje e isso não aconteceu.

O Brasil está na quinta posição das Eliminatórias da América do Sul, com 10 pontos, empatado com a Venezuela.

Os próximos compromissos da seleção brasileira serão em outubro. No dia 10, o Brasil enfrenta o Chile, em Santiago. Depois, no dia 15, enfrenta o Peru, em Brasília, no Mané Garrincha.

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Os jogadores reclamaram bastante na partida. Como o momento afeta o psicológico?

— A irritação (em campo) não é pelo momento, é pelas escolhas da arbitragem, erros e tudo mais, mas temos que ter a maturidade de se habituar com isso e não deixar com que isso afete o nosso jogo. Quando nos irritamos, nos preocupamos muito com isso e acabamos nos atrapalhando. Então, nesse momento do jogo, falamos no intervalo: “vamos ter calma, vamos pensar naquilo que temos que fazer”. Melhoramos um pouco no segundo tempo, mas mesmo assim não foi suficiente. Não foi uma boa partida nossa, temos que assumir a responsabilidade disso, desse fato, e melhorar. Melhorar, é isso que temos que fazer.

Desempenho na partida. Time piorou depois do gol?

— Começamos bem, trabalhando bem a bola, procurando espaços com paciência, tentando achar os espaços, que não eram muitos. A equipe do Paraguai veio com uma proposta definida de se defender, demos a oportunidade deles marcarem um gol e depois, sofrendo um gol aqui, sabemos da dificuldade. O jogo ficou picotado, um jogo que não gostamos, que não queremos. O primeiro tempo que fizemos, nesses primeiros 20 minutos que a tivemos a posse de bola, não fomos agressivos ofensivamente, depois podíamos ter melhorado também quando sofremos o gol e aconteceu o contrário, acabamos piorando. No segundo tempo, melhoramos um pouco o desempenho, mas mesmo assim criamos muito pouco para aquilo que precisávamos fazer para sair daqui com a vitória.

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