A estratégia do SBT para evitar que Datena volte a sofrer derrotas para Band
- 19 de dezembro de 2024
Em meio a uma guerra no Ibope contra a Band nos finais de tarde, o SBT encontrou uma estratégia para desequilibrar o jogo a favor do Tá na Hora. O bate-papo entre José Luiz Datena e os apresentadores do Fofocalizando geralmente representa o pico de audiência do telejornal –a ponto de até ser reprisado antes do início do SBT Brasil.
O jornalista já tinha um esquema parecido quando estava à frente do Brasil Urgente e conversava durante alguns minutos com Catia Fonseca. O “papo de janela” servia como uma transição mais suave na programação da Band, evitando uma virada brusca da revista eletrônica para o policialesco.
No SBT, esse papo mais informal se tornou importante também por questões de audiência, uma vez que o Fofocalizando já até beliscou a vice-liderança. O programa de celebridades enfrenta justamente a reprise de O Rico e Lázaro, quando a distância para a Record fica mais estreita.
O público aparentemente gostou de ver Datena dando a sua opinião sobre questões para lá de existenciais, como a harmonização facial do ator Humberto Martins. Ele fica mais soltinho e já até brincou que teria uma suposta semelhança com o cantor Sidney Magal na conversa.
O quadro improvisado, batizado por Gabriel Cartolano de Datenalizando, se tornou fundamental para segurar o público que está ligado em um programa de entretenimento com o que sintoniza no SBT em busca de uma atração policial. Não à toa, o pico de audiência é geralmente atingido nessa faixa –que tem ficado cada vez mais longa e já chegou a durar 30 minutos.
Daí, Datena segue direto por quase mais uma hora e meia, sem intervalos comerciais, para evitar que o público mude de canal, especialmente em dias de chuva na Grande São Paulo.
O SBT, porém, talvez se beneficiasse mais se houvesse uma conversa entre Datena e Cesar Filho na transição para o SBT Brasil. Afinal, a reprise de um quadro que foi exibido há apenas algumas horas é um verdadeiro tiro no pé.