Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula

  • 21 de dezembro de 2024

No seu último discurso antes do recesso parlamentar, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD; foto), fez um balanço de seus quatro anos à frente da Casa. 

Em tom de despedida, ele negou pretensões de integrar o governo Lula ou disputar novas eleições.

“Essa definição não existe. Tenho que concluir meu mandato como presidente do Senado e realizar a eleição da nova mesa. Por enquanto, a ideia é continuar no meu gabinete, servir Minas Gerais e o povo brasileiro”, afirmou Pacheco.

Nos bastidores, o nome de Pacheco vinha sendo ventilado para compor um ministério. Também havia a especulação da indicação de seu nome para o Supremo Tribunal Federal. Apesar disso, o senador reiterou não ter planos imediatos de seguir nessa direção

“No momento, minha tendência é encerrar minha vida pública em 2027. Não trabalho com a possibilidade de ocupar vagas em tribunais ou disputar novas eleições. Há convites que são irrecusáveis, mas não há campanha para isso”, disse em novembro.

Com o encerramento de seu mandato no Senado, o futuro político de Rodrigo Pacheco segue em aberto, enquanto ele reforça o desejo de focar em sua atuação como senador e advogado.

Corte de gastos

Pacheco, como mostramos, destacou em seu último discurso à frente da Casa de Leis, que a aprovação do pacote de corte de gastos deve ser “o ponto de partida para um trabalho de qualificação do gasto público, que pode ser capitaneado pelo Congresso Nacional”.

Segundo o senador, a aprovação, junto com a reforma tributária, simboliza “o início de uma jornada de responsabilidade fiscal”.

A declaração foi feita após o Congresso Nacional modificar o pacote de cortes proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

As alterações beneficiaram setores com forte influência política e econômica. Foram mantidos os supersalários de membros do Judiciário e do Ministério Público, concedidos alívios fiscais a empresários e preservadas as emendas parlamentares.

A votação na Câmara, inclusive, atrasou por causa das negociações em torno do lobby e da insuficiência de votos. No fim, o governo federal liberou recursos para garantir apoio: deputados que votaram a favor receberam R$ 5 milhões, enquanto senadores aliados ganharam R$ 12 milhões.

O Antagonista

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