‘Ainda estamos aqui’, diz Lula ao exaltar democracia nos dois anos do 8/1
- 8 de janeiro de 2025
O presidente enfatizou em diversos momentos que “a democracia está viva” e “venceu”. Também disse que “democracia é obra em construção” e que seu desejo é “construir uma democracia plena no Brasil”. Sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro, o petista ressaltou que “todos pagarão pelos crimes que cometeram” tendo a devida “presunção de inocência”. Afirmou ainda que “não seremos tolerantes ao discurso de ódio”.
Ao lembrar o plano de golpistas, descoberto pela Polícia Federal, que previa seu assassinato, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Moraes, Lula chamou os acusados de “bando de aloprados”. “Ditadura nunca mais. Democracia sempre”, salientou o presidente, sob aplausos e gritos de “sem anistia”.
Como foi o evento?
A cerimônia foi dividida em quatro partes. Três acontecerão no Palácio do Planalto e a última na Praça dos Três Poderes. Na primeira, às 9h30, Lula participará da reintegração de obras de arte restauradas, como o relógio de Balthasar Martinot, do século 17, destruído por bolsonaristas há dois anos. A peça foi restaurada na Suíça sem custos para o governo brasileiro.
Na sequência, às 10h30, o presidente fará o descerramento da obra As Mulatas, de Di Cavalcanti (1897-1976), também danificada pelos golpistas. Depois, às 11h, no Salão Nobre, haverá cerimônia com a presença de autoridades do Judiciário e do Legislativo, todas as ministras e ministros e também lideranças da sociedade civil organizada e de movimentos sociais. Lula fará um discurso.
Por último, ao meio-dia, movimentos sociais vão realizar um simbólico “abraço à democracia”, na Praça dos Três Poderes. Para esse último ato, aberto à população, há a previsão de que o presidente e convidados que estarão no Salão Nobre do Planalto desçam para participar.
Ausências
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, foi representado pelo ministro Edson Fachin, vice-presidente da Corte. De férias no exterior, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não comparecerá e foi representado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo. Arthur Lira, presidente da Câmara, também não está em Brasília e não confirmou presença.