Paraíba: agricultores de projeto do Governo começam colheita de algodão

  • 12 de outubro de 2023

Desde setembro, os agricultores familiares que integram o Projeto Agrovila Águas de Acauã, implantado pelo Governo da Paraíba como acolhimento das famílias que foram impactadas pela Barragem de Acauã, estão fazendo a colheita do algodão branco consorciado com milho e feijão do roçado coletivo. As culturas foram plantadas em mais de 16 hectares e a previsão é de que sejam colhidas mais de 10 toneladas de algodão branco orgânico, que já têm comercialização garantida junto à empresa paraibana Santa Luzia Redes e Decoração.

O Governo da Paraíba, por meio da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), e da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido (Seafds) e os parceiros – Ministério Público Federal, Incra e a Prefeitura Municipal de Itabuba – organizaram as famílias para o cultivo do algodão e, desde o primeiro momento, a Empaer presta a assistência técnica às famílias agricultoras do Reassentamento Agrovila Águas de Acauã, em Itatuba, orientando sobre todas as etapas do cultivo, inclusive com capacitação e acompanhamento dos plantios, tratos culturais e processo adequado de colheita, juntamente com a Seafds, que mantém técnico e engenheiro agrônomo no apoio às famílias envolvidas diretamente nas plantações.

Atualmente, no Projeto Agrovila Águas de Acauã estão assentadas 100 famílias, em uma área de 150 hectares, sendo que mais de 16 hectares foram utilizados para o uso coletivo dos assentados e da cooperativa com o cultivo de algodão, milho e feijão em forma de sequeiro, e outras culturas destinadas ao consumo das famílias, tudo de forma orgânica. Ao final da colheita de toda a produção, a renda é repartida igualmente entre todos.

O cultivo do algodão ATER Paraíba faz parte Projeto Algodão Paraíba Agroecológico, executado pelo Governo do Estado, por meio da Empaer, o que garante a segurança alimentar e renda para as famílias. Participam do plantio no Projeto Agrovila Águas de Acauã produtores rurais, mulheres agricultoras e jovens.

Segundo o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), produtor rural Osvaldo Bernardo de Sousa, o plantio coletivo foi de fundamental importância porque contou com participação de vários parceiros, como também tem a compra garantida do algodão pela empresa Redes Santa Luzia, que paga R$ 5,00 pelo quilo da rama, além de fornecer a semente e a sacaria.

O Projeto Agrovila Águas de Acauã começou a ser concretizado pelo Governo da Paraíba com o decreto que tornou de utilidade pública para fins de desapropriação cerca de 330 hectares (cinco imóveis rurais), publicado no Diário Oficial do dia 10 de setembro de 2020. As famílias atendidas foram desalojadas pela barragem Acauã, que atingiu seis comunidades rurais: Pedro Velho, Riachão, Cajá, Costa e Melancia, todas no município de Itatuba.

O projeto que foi implantado pelo Governo da Paraíba contempla as famílias com 100 unidades habitacionais, abastecimento d’água completo, área para escola, campo de futebol, Unidade Básica de Saúde, praça e centros religiosos entre outros benefícios.

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