PF mira corrupção em gabinete chefiado por Braga Netto no Rio
- 12 de setembro de 2023
A Polícia Federal deflagrou nesta terça uma operação para investigar indícios de corrupção em contratos superfaturados apenas numa compra de coletes balísticos, sem licitação, teriam sido desviados 4,6 milhões de reais do Gabinete da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, em 2018. Walter Braga Netto, então interventor e chefe da repartição, é investigado e teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça.
A PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal. Braga Netto não é alvo de mandados.
A investigação mira crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa supostamente praticadas por servidores públicos federais quando da contratação da empresa americana CTU Security na aquisição de 9.360 coletes balísticos superfaturados.
A investigação começou com a cooperação internacional de Agência de Investigações de Segurança Interna na qual informa que a empresa americana CTU Security e o governo (do então presidente Michel Temer) celebraram contrato, através do Gabinete de Intervenção Federal do Rio de Janeiro, com sobrepreço em coletes balísticos, diz a PF.
A autoridades americanas descobriram o crime no curso da investigação americana sobre assassinato do presidente haitiano Jovenel Moises, em julho de 2021, na qual a empresa CTU ficou responsável pelo fornecimento de logística militar para executar a derrubar Moises e substituí-lo por Christian Sanon, um cidadão americano-haitiano.