Patrimônio imaterial: confira 6 manifestações presentes na Paraíba registradas pelo Iphan

  • 5 de agosto de 2023

O diálogo poético entre dois artistas cantando estrofes improvisadas, ao acompanhamento de violas, é chamado de repente. Há registros da prática do Repente desde meados do século XIX, nos estados de Pernambuco e Paraíba. No entanto, segundo o Iphan, as ocorrências mais antigas que se tem notícia são na Serra do Teixeira, no sertão da Paraíba.

Enquanto composição poética, mantém vínculos históricos com a literatura de cordel, com a qual divide a tríade estruturante centrada na métrica, rima e na oração. Da mesma forma, no campo das narrativas orais tem como bens culturais a ele associados outras poéticas vocais, como a embolada, o aboio, a glosa e a declamação.

O repente foi registrado como patrimônio imaterial brasileiro em 11 de novembro de 2021.
Matriz tradicional do forró
Foto: Luiz Santos/Reprodução/Iphan
A matriz tradicional do forró inclui os instrumentos musicais, os artistas, os eventos, as danças, entre outros aspectos relacionados ao gênero. Também inclui o xote, o arrasta-pé, o xaxado, o coco, o forró e a toada.

Do Litoral ao Sertão, das quadrilhas às bandas cabaçais, a matriz tradicional do forró faz parte da história da Paraíba. O bem imaterial foi registrado pelo Iphan em 9 de dezembro de 2021.
Teatro de bonecos
Foto: Reprodução/Iphan
Genericamente conhecido como “Mamulengo”, o teatro popular de bonecos recebe nomes diversos entre os estados do Nordeste: Babau na Paraíba, Cassimiro Coco no Ceará, João Redondo no Rio Grande do Norte e Mamulengo em Pernambuco. O teatro popular de bonecos foi reconhecido patrimônio imaterial brasileiro em 4 de março de 2015.

Ciranda do Nordeste
Vó Mera é uma metra cirandeira na Paraíba.
Foto: Divulgação
Na cultura paraibana, estão marcados nomes como Penha Cirandeira, Vó Mera, Dona Edite e Tina. As mestras cirandeiras são representantes desta forma de expressão que une música e poesia para embalar uma dança de roda, em que os participantes entrelaçam as mãos ou os braços para dançar juntos em um círculo fechado, em uma única direção.

A ciranda do Nordeste foi considerada patrimônio imaterial brasileiro em 15 de setembro de 2021.
Capoeira
Capoeira em Campina Grande
Foto: Divulgação
A capoeira é uma manifestação cultural presente hoje em todo o território brasileiro e em mais de 150 países, com variações regionais e locais criadas a partir de suas “modalidades” mais conhecidas: as chamadas “capoeira angola” e “capoeira regional”. Tanto a roda de capoeira como o ofício dos mestres, responsáveis por formar capoeiristas, são reconhecidos como patrimônio imaterial no Iphan.

A roda de capoeira foi registrada em 21 de outubro de 2008, e o ofício dos mestres foi oficialmente registrado em 15 de julho de 2008.

Patrimônio imaterial em processo de registro ou mobilização
Jurema sagrada de Alhandra, na Paraíba.
Foto: Josimar Diniz/TV Cabo Branco
Além desses e de outros bens imateriais já registrados, há algumas manifestações culturais presentes na Paraíba que estão em processo de registro no Iphan.

O órgão explica que os bens em processo de registro são aqueles que já possuem uma solicitação formal, passaram pela Câmara do Patrimônio Imaterial e o procedimento está seguindo para a oficialização do registro.

Já os bens em mobilização tiveram manifestações de interesse coletivo junto ao Iphan, por parte de associações relacionadas, mas que ainda não houve uma solicitação formal, seguindo a resolução do Iphan 01 de 2006.

Na Paraíba, estão em processo de registro o coco de roda, o ofício do vaqueiro e a festa do rosário de pombal. Estão em processo de mobilização pelo registro na Paraíba as tribos indígenas carnavalescas, a jurema sagrada e o modo de fazer cachaça.

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